"Com este ato criminoso e terrorista, o regime sionista [Israel] preparou o terreno para um duro castigo e consideramos que é nosso dever vingar o assassinato em território da República Islâmica do Irão", declarou Khamenei em comunicado citado pela agência de notícias IRNA.
Pouco antes, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusava diretamente Israel de ter assassinado o líder palestiniano do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e prometeu fazer com que o país "se arrependa" de um ato que considerou "cobarde".
"A República Islâmica do Irão vai defender a integridade territorial, a honra, o orgulho e a dignidade, e vai fazer com que os invasores terroristas [Israel] se arrependam do ato cobarde", disse Pezeshkian numa mensagem publicada nas redes sociais.
Na mesma mensagem, o Presidente do Irão prestou homenagem a Ismail Haniyeh, que foi descrito como "líder corajoso".
Os Guardas da Revolução iranianos comunicaram hoje que o chefe do Hamas e um guarda-costas morreram num ataque à casa onde Haniyeh se encontrava em Teerão.
"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas, foi atacada em Teerão e, devido a este incidente, ele e um guarda-costas morreram", refere o comunicado.
Até ao momento, o ataque não foi reivindicado.
As autoridades israelitas não confirmaram qualquer operação em Teerão.
Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962 e estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas.
Licenciou-se em literatura árabe em 1987.
Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que venceu as eleições legislativas palestinianas, transformando-se no primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.
As divergências entre as duas formações terminaram com a expulsão do Fatah de Gaza e a tomada do poder no enclave pelas forças fundamentalistas, governado pelo Hamas desde 2007.
Leia Também: Presidente do Irão acusou Israel de ter assassinado líder do Hamas