"Todos os membros do Conselho de Defesa e Segurança Nacional decidiram por unanimidade prolongar o período do estado de emergência por mais seis meses", segundo um comunicado transmitido pela televisão estatal.
O exército assumiu o poder sob o pretexto de fraude durante as eleições legislativas de 2020, que foram vencidas pelo partido da líder opositora Aung San Suu Kyi. As acusações de fraude são infundadas, segundo grupos de defesa dos direitos humanos.
Desde então, o estado de emergência foi renovado várias vezes, num contexto de conflito civil generalizado em várias regiões, entre o exército e os seus adversários políticos que representam minorias étnicas.
A Constituição birmanesa de 2008, redigida pelo exército e que a junta afirma respeitar, exige que as autoridades organizem uma votação no prazo de seis meses após o levantamento do estado de emergência.
Os combates entre rebeldes e tropas da junta militar deslocaram 2,7 milhões de pessoas desde o golpe, segundo as Nações Unidas.
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