O dia 01 de agosto é o prazo final para a sua permanência, embora a retirada, acordada meses antes pelos líderes dos dois países, tenha ocorrido com alguma antecedência, segundo a agência de notícias EFE.
"O Serviço de Segurança Nacional da Arménia tomou as medidas necessárias para atrair forças adicionais para um controlo adequado da fronteira em Zvartnots, devido à retirada dos guardas de fronteiras da Rússia", informaram as autoridades arménias dias antes da partida dos russos do aeroporto.
Essa retirada reflete a tensão progressiva das relações entre Erevan e Moscovo, após a guerra em Nagorno-Karabakh, vencida pelo Azerbaijão, um inimigo antigo da Arménia.
A Arménia queixou-se repetidamente da inação da Rússia, o seu principal aliado militar, em resposta aos seus pedidos de ajuda, incluindo depois da guerra (2023), quando as tropas do Azerbaijão entraram em território arménio.
A primeira questão sobre a presença de guardas fronteiriços russos na Arménia foi levantada pelo presidente da Assembleia Nacional arménia, Alen Simonian, em fevereiro último.
Simonian atacou os militares russos, alegando que não protegeram o seu país contra a ofensiva do Azerbaijão.
Um mês depois, o Governo arménio anunciou oficialmente que iria solicitar a retirada das tropas russas, garantindo que o serviço de guarda de fronteiras da Arménia tem atualmente a experiência necessária para lidar com a segurança no aeroporto sem a sua ajuda.
Mais tarde, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, confirmou a notificação formal da Arménia. Entretanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo criticou a medida, referindo que Erevan corre o risco de infligir "danos irreparáveis" às relações russo-arménias e colocar em perigo a segurança do seu país.
A decisão de retirada estende-se também a todas as tropas russas instaladas em diferentes regiões da Arménia durante e após a guerra de 2020 em Nagorno-Karabakh.
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