As sanções dizem respeito a uma empresa de logística iemenita e às suas filiais na China e em Hong Kong, bem como a uma empresa iemenita especializada no fornecimento de componentes eletrónicos.
São igualmente afetados os diretores destas empresas, dois cidadãos iemenitas, Mahel Yahya al-Kinai, chefe da Yemen Telecommunication Asset Company, responsável pelos componentes electrónicos, e Ahmed Khaled Yahya al-Shahare, chefe da filial chinesa da Al-Shahiri United Corporation, com sede em Guangzhou.
"Os Houthis estão a tentar utilizar países como a China e Hong Kong para adquirir e transportar os componentes de que necessitam para os seus sistemas de armas. Continuaremos a visar os fornecedores que lhes permitem prosseguir as suas atividades desestabilizadoras", declarou Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, em comunicado.
As sanções implicam, nomeadamente, o congelamento de todos os ativos localizados nos Estados Unidos das pessoas e empresas visadas, bem como a impossibilidade de pessoas singulares ou coletivas possuírem, direta ou indiretamente, activos no país.
A consequência indireta é também a impossibilidade de as empresas ou cidadãos americanos estabelecerem relações com os alvos destas sanções, correndo o risco de serem alvo de novas medidas do departamento do Tesouro.
Desde há vários meses, os Houthis atacam regularmente navios mercantes que transitam pelo Mar Vermelho em direção ao Canal do Suez, alegando visar sobretudo os que têm ligações a Israel, em represália pela guerra em Gaza, lançada por Israel em resposta ao ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamita palestiniano Hamas no sul do país.
Em 22 de julho, Israel visou diretamente os Houthis, bombardeando o porto iemenita de Hodeida, em resposta a um ataque de um drone dos Houthis contra Telavive.
Leia Também: Huthis do Iémen determinados em apoiar Hamas