"Oferecemos ao regime que aceite democraticamente a sua derrota e avance com a negociação para assegurar uma transição pacífica; no entanto, optaram pela via da repressão, da violência e da mentira", escreveu María Corina Machado, principal apoiante do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, na rede social X (antigo Twitter).
A ex-deputada pediu aos venezuelanos que se mantenham "ativos e firmes" e se mobilizem para "fazer valer a verdade", numa referência à vitória que atribuiu ao candidato da principal coligação da oposição - a Plataforma Democrática Unida (PUD) - com 70% dos votos.
Na mensagem, Machado lembrou que a oposição maioritária "luta há anos para unir" o país "em torno de valores comuns num movimento cívico de resgate da liberdade".
Venezuela y el mundo entero saben que la violencia es el último recurso del régimen de Maduro.
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) July 31, 2024
Ahora, tras la contundente e inapelable victoria electoral que logramos los venezolanos el 28 de julio, la respuesta del régimen es el asesinato, el secuestro y la persecución.…
Milhares de cidadãos protestam desde segunda-feira contra o resultado emitido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Maduro vencedor por pouco mais de 704.114 votos contra González Urrutia, quando ainda faltavam contar mais de dois milhões de boletins, o que poderia alterar os resultados finais.
O Governo classificou as manifestações "de terroristas", tendo detido mais de 1.200 pessoas, segundo dados oficiais.
Além disso, responsabilizou pelas ações González Urrutia e Machado, que, disse Maduro, "deviam estar atrás das grades".
O Centro Carter, que participou como observador nas eleições, disse na terça-feira que o processo "não se adequou" aos parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e, por isso, esta "não pode ser considerada uma eleição democrática".
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