A rede de televisão Al Jazeera, do Qatar, transmitiu imagens de milhares de pessoas a chegarem à Grande Mesquita, em Doha, com capacidade para cerca de 30.000 pessoas, para o que se espera ser um funeral público e oficial "sem precedentes" no pequeno Estado do Golfo.
No local encontra-se um grande dispositivo policial, sobretudo nas zonas que conduzem ao templo. A maior parte das pessoas transportam a bandeira palestiniana e o tradicional 'keffiyeh' (lenço árabe).
Meios de comunicação social afirmaram que o funeral contará com a presença de personalidades de "alto nível". O Hamas afirmou que estarão nas cerimónias fúnebres "líderes árabes e islâmicos", sem especificar.
Ancara confirmou que o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, se encontra em Doha para assistir à cerimónia e apresentaram as suas condolências a Khaled Mashal, o número dois da ala política do Hamas, com quem Fidan já se encontrou em Doha. A embaixada turca em Telavive também hasteou a bandeira turca a meia haste em memória de Haniye.
Alguns meios de comunicação árabes sugeriram que o vice-primeiro-ministro do governo talibã, Mawlawi Abdul Kabir, estará presente.
O corpo de Haniyeh chegou na quinta-feira ao Qatar, vindo de Teerão.
De acordo com o movimento palestiniano, o corpo de Haniyeh será sepultado no cemitério da zona de Lusail, em Doha, cidade onde o líder do Hamas residia desde 2019 e que alberga também o gabinete político do grupo islamita.
O enterro será reservado apenas para a família e indivíduos selecionados devido à capacidade limitada do cemitério, de acordo com a Al Jazeera, que disse que uma tenda de condolências estará aberta nos próximos três dias para prestar homenagem ao líder do Hamas.
Na quinta-feira, em Teerão -- onde Haniyeh foi morto -- decorreu um funeral liderado pelo líder supremo do Irão, Ali Khamenei, num evento que contou com a presença de milhares de pessoas, incluindo a liderança política e militar do país.
O Hamas voltou hoje a apelar a um dia de "ira" pela morte de Haniye.
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