A Ucrânia está a acusar as forças russas de matarem e desmembrarem um prisioneiro de guerra ucraniano.
Na rede social Telegram, o comissário para os Direitos Humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets, instou o Comité Internacional da Cruz Vermelha e as Nações Unidas a investigarem uma imagem que foi amplamente divulgada este sábado e que mostra, segundo o responsável, o prisioneiro de guerra em questão.
"Uma fotografia, provavelmente de um prisioneiro ucraniano cuja cabeça e membros foram cortados pelos russos, apareceu online", disse Dmytro Lubinets. "Perante estas imagens horríveis, apelei urgentemente ao Comité Internacional da Cruz Vermelha e à ONU para que registem mais uma violação dos direitos humanos por parte do país terrorista", acrescentou.
Na mesma rede social, o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, declarou que tinha sido lançada uma investigação urgente sobre as informações divulgadas nas redes sociais sobre o homicídio e desmembramento de um prisioneiro de guerra ucraniano. "A Rússia repete sistematicamente os crimes dos nazis, mostrando um desprezo total por todas as normas do mundo civilizado", escreveu.
Note-se que a Rússia nega a existência de tortura ou outras formas de maus tratos aos prisioneiros de guerra.
Por sua vez, tal como recorda a Reuters, uma comissão de inquérito das Nações Unidas sobre a Ucrânia defendeu, num relatório publicado em março, que tinha documentado alegações credíveis de execuções de pelo menos 32 prisioneiros de guerra ucranianos, em 12 incidentes separados, entre dezembro de 2023 e fevereiro. Foram verificados independentemente três dos incidentes.
Além disso, disse ter reunido várias provas de que a Rússia torturou sistematicamente prisioneiros de guerra ucranianos, documentando ameaças de violação e a utilização de choques eléctricos nos órgãos genitais.
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