"Não aceitaremos, com as leis nacionais, que eles" tentem "usurpar novamente a presidência da República", declarou Nicolás Maduro, numa manifestação de apoio que se realizou no sábado, em Caracas, em resposta aos protestos pacíficos convocados pela oposição um pouco por todo o país.
Maduro referia-se ao reconhecimento por alguns países do candidato da oposição Edmundo González Urrutia como "Presidente eleito", cinco anos depois do mesmo ter acontecido com o opositor Juan Guaidó, em 2019, por uma parte da comunidade internacional.
No discurso, o Presidente venezuelano assegurou ainda que "as patrulhas militares e policiais" vão continuar em todo o país.
"As patrulhas militares e policiais estão a ser mantidas em toda a Venezuela para proteger o povo", disse Maduro.
A agitação que se seguiu à eleição do passado domingo fez pelo menos 11 mortos e a oposição denuncia uma onda de repressão, com cerca de mil pessoas detidas e "desaparecidas".
Milhares de chavistas manifestaram-se no sábado, em Caracas, "em defesa da paz" e em apoio à anunciada reeleição de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela, cuja vitória nas eleições - realizadas em 28 de julho -- é questionada interna e externamente.
Essas manifestações foram replicadas em algumas regiões do país, como mostraram nas redes sociais os governadores chavistas e os meios de comunicação estatais, em resposta ao apelo feito pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no poder, que pediu aos apoiantes para se manifestarem no mesmo dia em que a Plataforma Unitária Democrática (PUD) convocou protestos em todo o país.
Em Caracas, milhares de venezuelanos reuniram-se para ouvir o discurso da líder da oposição María Corina Machado, principal impulsionadora da candidatura de Edmundo González Urrutia, que, segundo a PUD, venceu as eleições presidenciais contra Maduro por uma ampla margem, uma reivindicação que já foi reconhecida por vários países.
O órgão eleitoral anunciou a vitória de Maduro sem ter publicado os resultados da votação, como exigido por lei, o que reforçou a reivindicação da PUD, que, em vez disso, publicou os totais de votos em "81%" das assembleias de voto, que - insistem - demonstram a vitória de González Urrutia, enquanto o chavismo rejeita a sua validade.
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