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"Escalada"? Ocidente - e não só - diz a cidadãos para deixarem o Líbano

Temendo uma "escalada" da violência na região, as embaixadas dos Estados Unidos, do Reino Unido, de França e de Itália, bem como da Arábia Saudita, instaram os seus cidadãos a abandonarem o Líbano.

"Escalada"? Ocidente - e não só - diz a cidadãos para deixarem o Líbano
Notícias ao Minuto

16:43 - 04/08/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Israel/Palestina

O mundo assistiu, ao longo das últimas semanas, a vários sinais de que a violência entre Israel e o Líbano - pelas mãos do movimento xiita Hezbollah - está a aumentar de intensidade, fazendo muitos governos ocidentais temer uma "escalada" da violência na região e consequentes limitações nas viagens de e para o Líbano.

 

Como tal, vários países instaram os seus cidadãos a abandonarem o país com a máxima urgência, antevendo um possível alastramento da guerra entre Telavive e o Hamas para norte da fronteira israelita.

Os Estados Unidos apelaram aos cidadãos norte-americanos para deixarem o país, com "qualquer bilhete de avião disponível".

"Encorajamos aqueles que desejam deixar o Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que esse voo não parta imediatamente ou siga a rota da sua escolha", lê-se numa nota publicada pela embaixada e citada pela AFP.

Seguiu-se o Reino Unido, apelando aos seus cidadãos para abandonarem o Líbano "agora", enquanto "as ligações comerciais estiverem disponíveis".

"As tensões são elevadas e a situação pode deteriorar-se rapidamente (...). A minha mensagem para os cidadãos britânicos é clara: saiam agora", declarou o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, David Lammy.

Portugal, através de uma nota publicada no Portal das Comunidades Portuguesas, deixou um aviso "para que todas as viagens com destino ao Líbano sejam evitadas". Também devem ser "especialmente evitadas quaisquer deslocações a sul do rio Litani".

França, Itália e Suécia se juntaram a estes apelos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês disse que os cidadãos devem sair do país árabe "o mais rapidamente possível".

Ao mesmo tempo, o ministério homólogo de Roma deixou uma mensagem semelhante: "Tendo em conta o agravamento da situação, convidamos os italianos que se encontrem temporariamente no Líbano a não viajar para o sul do país e a regressarem a Itália em voos comerciais o mais rápido possível", escreveu o ministro Antonio Tajani na plataforma social X (antigo Twitter).

Estocolmo, por sua vez, decidiu mesmo encerrar temporariamente a sua embaixada em Beirute, temendo a escalada de violência na região. Apelou, ainda, a que os seus cidadãos deixem o país.

Mas as indicações para abandonar Beirute e outras cidades libanesas não originaram apenas de embaixadas ocidentais. A vizinha Arábia Saudita também instou os seus cidadãos a deixarem o Líbano, "em conformidade com a proibição de viajar para este país".

Os receios de uma conflagração regional aumentaram este fim de semana no Médio Oriente, onde os Estados Unidos reforçaram as suas forças militares, na sequência do assassínio atribuído a Israel do líder do Hamas e da morte, num ataque israelita, de um alto responsável do Hezbollah, que Teerão e o movimento libanês prometeram vingar.

O ataque perpetrado a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas a partir de Gaza contra o sul de Israel causou a morte a cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse (AFP) baseada em dados oficiais israelitas. Das 251 pessoas raptadas na altura, 111 continuam detidas em Gaza, 39 das quais morreram, segundo o exército.

A ofensiva israelita lançada em resposta em Gaza custou até agora 39.550 vidas, segundo dados hoje atualizados pelo Ministério da Saúde do Governo de Gaza, que não deu qualquer indicação sobre o número de civis e combatentes mortos.

Leia Também: Líbano evoca explosão do porto de Beirute num momento de receio de guerra

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