Caracas. Comitiva do PP expulsa viajou após recusa de visto, diz Espanha

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha confirmou hoje que a comitiva do Partido Popular espanhol e europeu expulsa da Venezuela manteve a viagem após a recusa de vistos às missões de acompanhamento e observação eleitoral.

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© KENZO TRIBOUILLARD/AFP via Getty Images

Lusa
13/08/2024 15:11 ‧ 13/08/2024 por Lusa

Mundo

Espanha

Numa declaração hoje no Senado espanhol, em Madrid, o ministro José Manuel Albares disse que as autoridades venezuelanas rejeitaram vistos para missões de observação e acompanhamento das eleições presidenciais de 28 de julho à União Europeia, assim como ao Senado e ao Congresso dos Deputados de Espanha.

 

A decisão de Caracas, que o Governo de Madrid condenou, segundo Albares, foi comunicada oficialmente, em Espanha, ao Senado e ao Congresso, levando todos os partidos a cancelar a ida à Venezuela.

Apesar disso, membros do Senado e do Congresso de Espanha somaram-se a outros elementos do Partido Popular Europeu (PPE), em que estava o eurodeputado português Sebastião Bugalho, eleito pela Aliança Democrática, e viajaram para a Venezuela na véspera das eleições de 28 de julho.

O grupo foi impedido de entrar na Venezuela e regressou no mesmo dia a Espanha, num voo a partir de Caracas.

Segundo o ministro José Manuel Albares, esta comitiva "contou, obviamente, em todo o momento, com a presença e o apoio da Embaixada de Espanha em Caracas", tendo mesmo o cônsul-geral espanhol ido para o aeroporto.

Albares criticou e condenou as "críticas muito injustas, boatos e falsidades contra o profissionalismo do pessoal" da embaixada de Espanha em Caracas feitas por dirigentes do PP espanhol.

O Partido Popular, que lidera a oposição em Espanha e chamou hoje Albares ao Senado por causa da Venezuela, acusou o ministro de estar mais empenhado em justificar a expulsão de eurodeputados e de membros das Cortes espanholas (Senado e Congresso) do que em condenar o regime venezuelano de Nicolás Maduro.

Segundo o PP, a comitiva pretendia acompanhar a oposição venezuelana durante a jornada eleitoral, não sendo uma missão de observação, além de que os cidadãos espanhóis não precisam de um visto para entrar na Venezuela.

Albares respondeu que os espanhóis só não precisam de visto para entrar na Venezuela se forem fazer turismo.

O ministro disse ainda que Espanha sempre apoiou, pediu e defendeu missões europeias de observação e acompanhamento eleitoral na Venezuela e o Governo de Madrid fez depois o mesmo quando o Senado e o Congresso quiseram também enviar comitivas.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi declarado vencedor das eleições de 28 de julho, mas o resultado é contestado pela oposição e por vários países da comunidade internacional.

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