As brigadas Ezzedine al-Qassam, o braço armado do Hamas, anunciaram hoje que "dispararam dois 'rockets' M90 contra Telavive e os seus subúrbios", a partir da Faixa de Gaza, devastada desde 7 de outubro pela guerra entre Israel e o grupo islamita.
Um jornalista da AFP no local relatou uma explosão.
Os últimos ataques com 'rockets' do movimento islamita em Telavive datam de há mais de dois meses.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), um projétil identificado a ser disparado da Faixa de Gaza "caiu no espaço marítimo no centro" do país.
Simultaneamente, adiantaram as FDI na rede social Telegram, foi identificado um outro projétil que não chegou a atravessar território israelita.
Perante a iminência de um ataque iraniano em território israelita, a Alemanha, a França e o Reino Unido instaram Teerão e os seus aliados a absterem-se de atacar Israel, a fim de evitar uma escalada das tensões regionais e de não pôr em risco a possibilidade de um cessar-fogo.
Num comunicado conjunto divulgado na segunda-feira, Berlim, Paris e Londres afirmam-se "profundamente preocupados com o agravamento das tensões na região" e consideraram que "nenhum país ou nação tem a ganhar com uma nova escalada no Médio Oriente".
Consideraram que o Irão e os seus aliados, como o Hezbollah libanês e os Huthis do Iémen, "serão responsáveis por ações que ponham em causa" qualquer oportunidade de paz e estabilidade na região.
"Apelamos ao Irão e aos seus aliados para se absterem de ataques que agravem ainda mais as tensões regionais e comprometam a possibilidade de alcançar um cessar-fogo e a libertação dos reféns", pediram os três líderes europeus.
O Irão rejeitou hoje os apelos de países ocidentais para que deixe de ameaçar Israel, afirmando que o país não pede autorização a ninguém para defender a sua segurança nacional.
"O Irão está determinado a defender a sua soberania e a sua segurança nacional, para além de ajudar a garantir uma estabilidade sólida na região e a criar dissuasão contra a verdadeira fonte de insegurança e de terrorismo na zona", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, em comunicado.
O diplomata iraniano afirmou que o seu país "não pede autorização a ninguém para utilizar os seus direitos reconhecidos", referindo-se a uma retaliação ao assassinato do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, a 31 de julho.
O conflito adquiriu uma nova dimensão com os assassinatos, em julho, do chefe militar do Hezbollah libanês, Fouad Chokr, perto de Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão.
[Notícia atualizada às 15h46]
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