"De 01 de setembro a 31 de dezembro de 2024, a limitação temporária às exportações de gasolina vai continuar em vigor. O decreto correspondente já foi assinado", anunciou o Governo russo, em comunicado citado pela EFE.
O executivo explicou esta decisão com a necessidade de "manter uma situação estável no mercado de combustíveis durante o período de elevada procura e de reparações planeadas nas refinarias".
As autoridades acrescentaram que o embargo não afeta os combustíveis que saem do país para fins de ajuda humanitária ou para consumo pessoal dos cidadãos, nem se estende aos fornecimentos contemplados em acordos intergovernamentais, incluindo os países da União Económica Euroasiática.
O Governo sublinhou que, atualmente, não é necessário um embargo ao gasóleo, como aconteceu nos meses anteriores.
Em julho, o vice-primeiro-ministro e responsável pelo setor dos hidrocarbonetos, Alexandr Novak, defendeu a proibição da exportação de gasolina juntamente com o aumento da produção deste combustível, assegurando que as medidas garantem a estabilidade do mercado russo.
A Rússia vetou a exportação de gasolina e gasóleo em setembro do ano passado, uma vez que o aumento dos preços dos combustíveis no mercado internacional estimulou as empresas russas a aumentarem as exportações, o que, juntamente com a progressiva desvalorização do rublo provocada pela guerra na Ucrânia, levou à subida dos preços.
A medida teve o efeito esperado e provocou uma descida considerável dos preços da gasolina e do gasóleo na maioria das regiões russas, permitindo ao Governo retomar as exportações de gasóleo em outubro e as exportações de gasolina em novembro de 2023.
Posteriormente, o Governo russo voltou a proibir as exportações de gasolina em fevereiro deste ano, mas não as de gasóleo, um embargo que levantou em maio.
No entanto, os preços da gasolina no mercado interno apresentam uma tendência ascendente desde junho e aproximaram-se dos níveis recorde de 2023 que provocaram a imposição de proibições de exportação, pelo que as autoridades russas restabeleceram nova proibição a partir deste mês.
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