Segundo a estação de rádio Skai, na manhã de hoje foram registados pequenos focos de incêndio na zona de Erythros, em Nea Makris, rapidamente controlados com a ajuda de dois aviões e cinco helicópteros-tanque.
Os bombeiros continuam a patrulhar a região para controlar eventuais reacendimentos.
O grande incêndio deflagrou no domingo na região da Ática, nos arredores de Atenas, e, alimentado por ventos fortes, propagou-se rapidamente à malha urbana da capital, matando uma pessoa e causando um rasto de destruição.
Dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas casas face ao rápido avanço das chamas, que devastaram casas, lojas e automóveis, bem como culturas e vegetação.
Devido à secura do terreno e às elevadas temperaturas, o solo continua a "fumegar" em muitas zonas, mesmo nos locais onde o incêndio já foi extinto.
Foi um "incêndio muito difícil, talvez o mais difícil que enfrentámos nos últimos anos", disse ao Skai o presidente do sindicato dos bombeiros, Kostas Tsigas.
Nunca antes um incêndio florestal se tinha aproximado tanto do tecido urbano de Atenas, que ficou envolto em fumo denso.
O sistema europeu de satélites Copernicus calcula que os danos tenham atingido cerca de 471 hectares de zonas urbanas e afetado aproximadamente 4.200 pessoas.
Enquanto as autoridades tentam determinar as causas do incêndio, os habitantes que tinham sido retirados começam a regressar e a lidar com os danos materiais nas suas casas, informa o portal Vradini.gr.
De acordo com um primeiro balanço apresentado na véspera numa reunião ministerial presidida pelo primeiro-ministro conservador, Kyriakos Mitsotakis, menos de 10% dos hectares ardidos são zonas florestais e cerca de uma centena de edifícios foram danificados.
Enquanto investigam a origem do incêndio, as autoridades estão a avaliar se este poderá ter sido causado por um cabo elétrico partido num poste, noticia o diário Kathimerini.
O partido socialista PASOK convocou hoje um debate parlamentar sobre o incêndio, agendado para setembro.
O partido da oposição Syriza criticou o serviço de proteção civil do atual Governo considerando que a "coordenação foi completamente ineficaz" e por operar com "falta de pessoal e de equipamento".
A operação grega de combate às chamas contou com a assistência do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, bem como com o apoio da Itália, França, Sérvia, República Checa, Turquia, Jordânia, Malta e Roménia, disse o ministro grego da Proteção Civil, Vasilis Kikilias, nas redes sociais.
A Grécia prevê temperaturas de até 40 graus Celsius nas próximas horas, mantendo um risco de fogo muito elevado na região para quinta-feira.
Trinta e sete por cento das florestas em redor da capital grega foram devastadas por incêndios nos últimos oito anos, segundo dados do Observatório Nacional de Atenas.
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