Lukashenko pede fim da guerra. "Vamos sentar-nos à mesa de negociações"
O principal aliado de Putin na Europa garantiu não querer "uma escalada" do conflito nem uma "guerra contra toda a NATO".
© ALEXANDER KAZAKOV/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, apelou à paz entre a Rússia e a Ucrânia, defendendo que "nem o povo ucraniano, nem os russos, nem os bielorrussos" precisam de uma guerra.
O apelo de Lukashenko, o principal aliado do presidente russo Vladimir Putin na Europa, surge numa altura em que a incursão de Kyiv em Kursk ganha força. Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, as tropas ucranianas já controlam 74 localidades da região russa.
"Vamos sentar-nos à mesa das negociações e acabar com esta luta", disse, num apelo que foi transmitido na estação estatal bielorrussa, citado pelo jornal Politico.
"Nem o povo ucraniano, nem os russos, nem os bielorrussos precisam disso", acrescentou. "São eles, no Ocidente, que precisam [da guerra]. Não posso revelar estes factos, são absolutamente confidenciais. Mas, por vezes, eles falam abertamente, pessoas de alto nível dizem: 'Que se matem uns aos outros - ucranianos, russos - que morram todos neste caldeirão'".
Recentemente, face à incursão ucraniana em Kursk, o ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, anunciou que a Bielorrússia iria reforçar as tropas na fronteira com a Ucrânia por decisão de Lukashenko.
No entanto, o presidente bielorrusso garantiu agora que o país "não vai lutar" contra ucranianos. "Não queremos uma escalada e não queremos uma guerra contra toda a NATO. Não queremos isso", frisou.
Sublinhe-se que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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