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Lukashenko pede fim da guerra. "Vamos sentar-nos à mesa de negociações"

O principal aliado de Putin na Europa garantiu não querer "uma escalada" do conflito nem uma "guerra contra toda a NATO".

Lukashenko pede fim da guerra. "Vamos sentar-nos à mesa de negociações"
Notícias ao Minuto

21:52 - 15/08/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, apelou à paz entre a Rússia e a Ucrânia, defendendo que "nem o povo ucraniano, nem os russos, nem os bielorrussos" precisam de uma guerra. 

 

O apelo de Lukashenko, o principal aliado do presidente russo Vladimir Putin na Europa, surge numa altura em que a incursão de Kyiv em Kursk ganha força. Segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, as tropas ucranianas já controlam 74 localidades da região russa. 

"Vamos sentar-nos à mesa das negociações e acabar com esta luta", disse, num apelo que foi transmitido na estação estatal bielorrussa, citado pelo jornal Politico. 

"Nem o povo ucraniano, nem os russos, nem os bielorrussos precisam disso", acrescentou. "São eles, no Ocidente, que precisam [da guerra].  Não posso revelar estes factos, são absolutamente confidenciais. Mas, por vezes, eles falam abertamente, pessoas de alto nível dizem: 'Que se matem uns aos outros - ucranianos, russos - que morram todos neste caldeirão'". 

Recentemente, face à incursão ucraniana em Kursk, o ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, anunciou que a Bielorrússia iria reforçar as tropas na fronteira com a Ucrânia por decisão de Lukashenko.

No entanto, o presidente bielorrusso garantiu agora que o país "não vai lutar" contra ucranianos. "Não queremos uma escalada e não queremos uma guerra contra toda a NATO. Não queremos isso", frisou.

Sublinhe-se que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Rússia destaca forças adicionais para a região de Belgorod

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