Funcionárias e advogados de Navalny em lista de "terroristas" russa
A Rússia inscreveu duas funcionárias próximas e dois advogados de Alexei Navalny, figura da oposição que morreu na prisão em fevereiro, na sua lista de "terroristas e extremistas", um mês após incluir a sua viúva, Yulia Navalnaya.
© Reuters
Mundo Rússia
Os nomes de Kira Iarmych, antiga porta-voz de Alexei Navalny, e de Maria Pevtchikh, uma das suas colaboradoras mais próximas, ambas no exílio, constam agora desse registo mantido pela Rosfinmonitoring, o serviço de informações financeiras russo, segundo a agência de notícias francesa AFP.
Os nomes dos advogados do líder da oposição, Olga Mikhailova e Alexander Fedulov, que tiveram de fugir da Rússia no outono passado, depois de três dos seus colegas terem sido detidos, também integram a lista.
Três advogados que defenderam Alexei Navalny - Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Alexei Liptser - foram detidos em outubro passado sob a acusação de "extremismo", passível de condenação a pesadas penas de prisão, e encontram-se desde então em prisão preventiva.
A viúva do opositor russo, Yulia Navalnaya, que reside no estrangeiro, foi inscrita no registo de "terroristas e extremistas" da Rússia em julho, pouco depois de ter sido emitido um mandado para a sua captura por "participação num grupo extremista".
Yulia Navalnaya comprometeu-se a assumir o papel do marido, o inimigo número um do Presidente russo, Vladimir Putin, após a sua morte em fevereiro de 2024, em circunstâncias obscuras, na prisão do Ártico para onde fora transferido meses antes.
Apelou aos apoiantes de Navalny para que não perdessem a esperança e denunciou regularmente nas redes sociais as autoridades russas e o destino reservado aos dissidentes na Rússia.
As organizações de Alexei Navalny foram classificadas como "extremistas" e proibidas de funcionar em 2021 pelos tribunais russos, e vários dos membros da sua equipa foram entretanto condenados a penas de prisão.
Nos últimos anos, a repressão na Rússia colocou quase todos os opositores proeminentes atrás das grades ou forçou-os a abandonar o país.
Milhares de cidadãos russos foram detidos por atos de protesto ou de crítica à guerra da Rússia na Ucrânia, e muitos foram condenados a longas penas de prisão.
ANC // SCA
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