A visita a este país do Cáucaso, parceiro próximo de Moscovo mas também um importante fornecedor de energia aos países ocidentais, ocorre no contexto de uma ofensiva militar ucraniana sem precedentes em território russo.
"Serão abordados o desenvolvimento das relações russo-azeris (...), bem como os problemas internacionais e regionais da atualidade", declarou o Kremlin (sede da presidência russa) num comunicado.
A última visita de Putin ao Azerbaijão realizou-se em setembro de 2018.
Anfitrião da conferência sobre o clima COP29, em novembro, o Azerbaijão é um grande produtor de gás natural, ao qual a União Europeia recorreu para compensar a forte redução do abastecimento russo desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Rússia, por seu lado, é acusada de ter desempenhado um papel ambíguo no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão - duas ex-repúblicas soviéticas que permaneceram durante muito tempo na esfera de influência russa - sobre a questão do enclave de Nagorno-Karabakh.
A Arménia critica Moscovo a falta de apoio face ao Azerbaijão, que em setembro de 2023 reconquistou totalmente pela força aquela região montanhosa do Azerbaijão há três décadas controlada pelos separatistas arménios.
Desde então, Erevan tem tentado reforçar as suas relações com o Ocidente, inclusive com os Estados Unidos, para grande contrariedade do Kremlin.
O anúncio desta visita surge numa altura em que a Rússia procura repelir uma ofensiva militar lançada no seu território a 06 de agosto pelas tropas ucranianas, que, lutando para combater a ofensiva russa no leste da Ucrânia, abriram outra frente de batalha.
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