Os dez deputados do novo partido de oposição no parlamento sul-africano, dissidente do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) governante, consideraram no recurso junto do Tribunal Superior da Cidade do Cabo terem sido demitidos em 07 de agosto para "dar lugar a dissidentes" do partido Combatentes da Liberdade Económica (EFF), liderado por Julius Malema, segundo a imprensa local.
Na terça-feira, o cofundador e vice-presidente do EFF, Floyd Shivambu, anunciou a sua demissão do partido de esquerda radical para integrar a formação política do antigo chefe de Estado sul-africano.
O partido MK de Jacob Zuma foi a terceira força política mais votada nas eleições de 29 de maio com 14,58% dos votos, elegendo 58 deputados para a Assembleia Nacional do parlamento da África do Sul, sendo que tomaram posse em 22 de junho.
O EFF caiu para o quarto lugar elegendo 39 mandatos no parlamento de 400 lugares, onde o ANC perdeu a sua maioria absoluta com 159 deputados (de 230 em 2019) pela primeira vez em 30 anos, que lhe permitia governar sozinho a maior economia africana desde a queda do anterior regime de "apartheid".
O Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês) reforçou a sua liderança na oposição elegendo 87 deputados, mais três lugares do que nas eleições anteriores.
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que é também presidente do ANC, nomeou um novo governo de coligação proveniente de 11 partidos diferentes, ainda que dominado pelo Congresso Nacional Africano.
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