"Podemos confirmar" esta visita "na próxima semana", disse o porta-voz à agência francesa AFP, sem adiantar mais pormenores.
O jornal britânico Financial Times noticiou hoje que Grossi tenciona visitar a central de Kursk na próxima semana, por estar "muito preocupado" com a ocorrência de combates nas proximidades.
A agencia nuclear russa Rosatom alertou no sábado a AIEA para o risco de a incursão lançada pelas tropas ucranianas em 06 de agosto afetar a segurança da central nuclear de Kursk.
A agência russa Interfax noticiou na altura que o diretor da Rosatom, Alexei Likhachev, falou com Grossi sobre a situação nas centrais nucleares de Kursk e de Zaporijia.
Likhachev terá convidado Grossi a visitar a central de Kursk, localizada perto da cidade de Kurchatov, para "avaliar pessoalmente a situação nas proximidades das instalações nucleares", segundo a Interfax.
A agência turca Anadolu noticiou no mesmo dia que a Rússia informou a AIEA sobre alegados planos da Ucrânia para atacar as centrais de Kursk e Zaporijia como uma manobra provocatória.
A AIEA apelou alguns dias depois para a "máxima contenção" nas imediações do local, enquanto decorriam combates nas proximidades, para "evitar um acidente nuclear que poderá ter graves consequências radiológicas".
Rafael Grossi declarou na altura que estava "pessoalmente em contacto com as autoridades competentes dos dois países" para "continuar a informar a comunidade internacional" sobre a situação.
Desde o início da guerra, a AIEA tem alertado regularmente para o risco de um acidente nuclear, nomeadamente na central de Zaporijia, no sudeste da Ucrânia, ocupada por Moscovo desde março de 2022.
Atualmente parada, a central de Zaporijia tem sido alvo de repetidos ataques, pelos quais a Rússia e a Ucrânia se têm responsabilizado mutuamente.
A central de Kursk, uma das três maiores da Rússia, tem seis reatores, dois dos quais "estão totalmente operacionais", segundo a AIEA.
Das restantes unidades, duas estão em paragem e duas em construção.
"Atualmente, existem 11 centrais nucleares em funcionamento na Rússia, a maior parte das quais localizadas na parte europeia do país. Estas centrais produzem 20% da eletricidade produzida no país", segundo a página na internet da Rosatom.
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