Já foram identificados os corpos de cinco pessoas dadas como desaparecidas na sequência do naufrágio do iate do magnata britânico do setor tecnológico Mike Lynch, na segunda-feira, na Sicília, Itália. Estes corpos foram localizados e resgatados ao longo dos últimos dias, faltando ainda encontrar uma pessoa, que continua desaparecida.
A guarda costeira italiana confirmou que entre os mortos está Mike Lynch. Os outros corpos recuperados pertencem a Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International, à sua mulher, Anne Elizabeth, ao advogado Chris Morvillo e à mulher deste, Nada.
Bloomer, de 70 anos, é de nacionalidade britânica e fez parte do conselho de administração de várias empresas, enquanto Morvillo trabalhou em vários casos de corrupção e foi procurador distrital de Nova Iorque de 1999 a 2005. Morvillo também participou na investigação criminal dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.
A pessoa que ainda está desaparecida é a filha de 18 anos de Mike Lynch, Hannah Lynch.
De acordo com diversos órgãos de comunicação britânicos, o magnata Mike Lynch, que também era conhecido como ‘Bill Gates britânico’, tinha organizado o cruzeiro para festejar com a sua família, amigos e advogados a sua absolvição, em junho, num processo de fraude nos Estados Unidos, relacionado com a venda da sua empresa de software à Hewlett-Packard em 2011.
De realçar que, após o naufrágio, o primeiro balanço dava conta de sete desaparecidos. No entanto, horas depois foi encontrado o primeiro corpo - o cozinheiro do navio, Recaldo Thomas, um canadiano nascido na ilha de Antígua.
O iate 'Bayesian', com bandeira britânica, afundou na segunda-feira na costa da cidade de Porticello, durante uma forte tempestade, quando estavam a bordo 22 pessoas, 12 passageiros e 10 tripulantes. Quinze foram resgatadas com vida pela guarda costeira, entre as quais uma criança de um ano.
As buscas e recuperação dos corpos têm sido dificultadas pela profundidade e posição em que o iate ficou, mas também pela autonomia limitada dos mergulhadores, apoiados desde quarta-feira por um robô subaquático.
Entretanto, a Procuradoria de Termini-Imerese abriu uma investigação para esclarecer o que se passou na noite de segunda-feira e interrogou o capitão do iate, James Catfield, um neozelandês de 51 anos e um dos sobreviventes, durante mais de duas horas, num hotel.
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