O Hamas afirmou que soldados invadiram a mesquita de Bani Salé, no norte do enclave palestiniano, e queimaram exemplares do Corão, gestos gravados em vídeo e posteriormente publicados nas redes sociais.
"A gravação deste crime atroz e a sua publicação nas redes sociais indicam claramente uma política criminosa sistemática do governo de ocupação nazi na sua brutal guerra de extermínio contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza", denunciou o Hamas, num comunicado publicado pelo jornal Filastin, simpatizante da organização islamita.
O Hamas apela "às massas palestinianas, ao governo, às organizações árabes e islâmicas e aos povos livres do mundo" para que expressem a sua "raiva e condenação" por este "comportamento fascista sionista" e defendam os locais religiosos islâmicos e cristãos na Faixa de Gaza.
Imagens divulgadas pela estação de televisão pan-árabe Al Jazeera, do Qatar, mostram vários soldados israelitas no interior de uma mesquita onde se verificam danos visíveis e materiais no chão, alegadamente na mesquita de Bani Salé.
Os militares têm na mão exemplares do Corão e um deles segura uma chama junto a um dos livros.
As fotografias mostram também a explosão da Grande Mesquita de Khan Younis, uma das mais antigas da Faixa de Gaza, com 96 anos.
Segundo o governo de Gaza, controlado pelo Hamas, desde o início da ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, foram destruídas 609 mesquitas e danificadas 211, além de terem sido também destruídas três igrejas, incluindo a Igreja de São Porfírio, do século V.
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