"O número total de Estados afetados é de dez, enquanto o número (...) de pessoas afetadas é de 129.650", detalhou o ministério em comunicado.
O número total de mortos é agora de 132, num primeiro balanço das inundações durante a estação das chuvas, que vai de maio a outubro.
O efeito das inundações acentua as dificuldades por que passa o Sudão, que desde 15 de abril de 2023 é dilacerado por um conflito que opõe o exército governamental ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla inglesa).
O conflito provocou o colapso do sistema sanitário, com o Ministério da Saúde a anunciar há quatro dias pelo menos 80% das unidades de saúde estão inoperacionais.
Com o colapso do sistema de saúde, e a falta de cuidados preventivos, aumentaram os casos de cólera.
O Observatório Africano da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD) prevê precipitações acima do normal até setembro em todo o Sudão.
Por isso, o IGAD alertou que o risco de inundações está acima do nível devastador de 2020, quando pelo menos 138 pessoas morreram em inundações, mais de 900 mil pessoas foram afetadas e 2,2 milhões de hectares de culturas foram danificados, de acordo com dados das Nações Unidas.
O conflito sudanês já causou entre 30 mil e 150 mil mortos, segundo diferentes estimativas, e espoletou uma das maiores crises de deslocados do mundo e a maior da atualidade
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