"Pedimos à comunidade internacional que obrigue Israel a cumprir as suas obrigações à luz do direito internacional enquanto potência ocupante", é referido num comunicado do grupo palestiniano assinado por Basem Naim, membro do gabinete político.
No documento, o Hamas informa que vão oferecer a sua cooperação a organizações internacionais para levar a cabo a campanha de vacinação, que visa proteger mais de 650 mil crianças no enclave com menos de dez anos.
Numa conferência de imprensa virtual, hoje, a partir de Gaza, Rik Peeperkorn, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) para os territórios palestinianos, garantiu que Israel aceitou respeitar as pausas humanitárias durante três dias a partir de 01 de setembro.
No entanto, nem o Governo israelita nem o exército confirmaram este acordo com a OMS.
Segundo Peeperkorn, a campanha de vacinação terá início em 01 de setembro e durará três dias, numa primeira fase no centro da Faixa de Gaza, passando depois, nas mesmas condições, para o sul e, finalmente, para o norte.
Em cada caso haverá uma segunda dose a aplicar quatro semanas mais tarde.
Para o efeito, existem 392 postos fixos da OMS em toda a Faixa de Gaza, aos quais a agência das Nações Unidas acrescentou 300 postos móveis para chegar às famílias com problemas de mobilidade.
Em 16 de agosto, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou o primeiro caso de poliomielite num bebé de dez meses não vacinado - o primeiro caso na Faixa de Gaza em 25 anos - cuja vida está agora em perigo depois de o corpo ter ficado paralisado.
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa que afeta principalmente as crianças pequenas, ataca o sistema nervoso, pode levar à paralisia e, em alguns casos, à morte.
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