"As nossas conversações centraram-se no reforço da cooperação em domínios como a tecnologia, os cuidados de saúde, a inteligência artificial, etc. Ambos concordámos na necessidade de impulsionar as relações comerciais", indicou Modi na rede social X (antigo Twitter), após o encontro.
Os dois líderes também visitaram uma empresa de Singapura que se dedica ao fabrico de semicondutores e eletrónica, um dos setores estratégicos que a Índia procura desenvolver.
Os líderes, acompanhados por vários ministros, presidiram também à assinatura de vários memorandos de entendimento para expandir a colaboração numa vasta gama de setores, incluindo a tecnologia e os cuidados de saúde.
O primeiro-ministro indiano, que chegou na quarta-feira à cidade-Estado, deverá também participar numa série de reuniões com empresários indianos em Singapura.
De acordo com dados oficiais, o comércio bilateral entre a Índia e Singapura atingiu 35,58 mil milhões de dólares (mais de 32,1 mil milhões de euros) em 2023.
A viagem de Modi a Singapura faz parte dos esforços da Índia de procurar oportunidades económicas e influência política no seio da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), face à presença da China, o maior parceiro comercial da região.
A ASEAN tem como Estados-membros o Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname. Timor-Leste deverá aderir à organização em 2025.
Antes de visitar Singapura, Modi esteve no Brunei, onde procurou aumentar o fornecimento de gás natural vindo do sultanato e estreitar os laços em vários setores.
A economia do Brunei Darussalam, nome oficial do pequeno sultanato situado na ilha de Bornéu, depende fortemente da produção e exportação de petróleo e gás natural.
Na segunda-feira, o secretário do Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano, Jaideep Mazumdar, declarou que a Índia, que prevê um aumento considerável da procura de hidrocarbonetos no futuro, espera poder concluir acordos de "fornecimento a longo prazo" com o Brunei.
Esta declaração de intenções surge depois de, em agosto, a Índia ter reduzido as importações de petróleo da Rússia em relação aos meses anteriores, o que foi atribuído à recusa dos fornecedores russos em oferecerem descontos mais elevados, de acordo com um relatório do jornal Indian Business Standard.
A Rússia, que ofereceu elevados descontos devido às sanções impostas pela guerra na Ucrânia, já foi o maior fornecedor de petróleo bruto da Índia, mas foi ultrapassada em agosto pelo Iraque.
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