A direção de campanha do candidato do Movimento da Sociedade pela Paz (MSP), Abdelaali Hassani, evocou "pressões sobre certos membros das mesas de voto para inflacionarem os resultados", nomeadamente, a taxa de participação.
Hassani, um engenheiro de 57 anos, líder do MSP, o principal partido islamista, foi um dos dois concorrentes do presidente cessante Abdelmadjid Tebboune.
O comunicado de imprensa do MSP descreveu como um "termo bizarro" a "taxa média de participação" anunciada pela autoridade eleitoral, Anie, calculada com base nos registos de participação das diferentes regiões.
A taxa de participação é geralmente o número de eleitores dividido pelo número de eleitores inscritos.
O presidente da Anie, Mohamed Charfi, anunciou durante a noite de sábado para domingo, três horas antes do seu programa, "uma taxa média de participação de 48,03%, no encerramento das urnas, às 20:00 (19:00 GMT), sem precisar o número de eleitores em relação aos mais de 24 milhões inscritos.
Estes são números "provisórios", esperando-se um número definitivo e resultados no domingo.
A afluência às urnas foi a verdadeira questão nas eleições, uma vez que não há dúvidas de que o atual presidente será reeleito para um segundo mandato.
Em dezembro de 2019, Tebboune foi eleito com 58% dos votos, mas com uma participação de apenas 39,83% (60% de abstenção), a mais baixa percentagem numa eleição presidencial no país.
A direção de campanha do MSP denunciou também o facto de a ata da contagem não ter sido entregue aos representantes dos candidatos, queixando-se de "casos de votos por procuração coletivas".
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