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Azerbaijão aceita prosseguir negociações de paz com Arménia no Cazaquistão

O Azerbaijão afirmou hoje que aceita continuar as negociações de paz com a Arménia no Cazaquistão, que já acolheu uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países em maio passado.

Azerbaijão aceita prosseguir negociações de paz com Arménia no Cazaquistão
Notícias ao Minuto

18:30 - 09/09/24 por Lusa

Mundo Azerbaijão

"O Presidente azeri, Ilham Aliyev, declarou que a proposta de realizar negociações entre Baku e Erevan em Astana é aceitável para o Azerbaijão", indicou o gabinete presidencial num comunicado.

 

A nota foi divulgada no final uma conversa telefónica entre Aliyev e o homólogo cazaque, Kasim-Yomart Tokayev.

Durante a sua reunião de maio, os chefes da diplomacia azeri e arménio admitiram existirem ainda divergências entre as duas partes para alcançar um tratado de paz, mas concordaram em prosseguir as negociações sobre as questões pendentes.

O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinian, disse recentemente que tinha proposto ao Azerbaijão a assinatura dos pontos já acordados do tratado de paz entre os respetivos países e a continuação das negociações sobre os pontos em que não existe acordo.

"Propusemos [ao Azerbaijão] reunirmos todos os artigos acordados da redação do texto do tratado de paz e assinarmo-los como um acordo de paz (...), depois do que poderemos continuar a discutir as outras questões", revelou Pashinian numa conferência de imprensa.

Segundo o Azerbaijão, entre 80% e 90% do texto do tratado de paz já foi acordado.

A Arménia e o Azerbaijão, duas ex-repúblicas soviéticas que permaneceram durante muito tempo na esfera de influência russa, já se tinham confrontado pelo controlo do enclave de Nagorno-Karabakh -- uma região montanhosa azeri há três décadas controlada pelos separatistas arménios - em duas guerras, uma entre 1988 e 1994 (30.000 mortos) e outra no outono de 2020 (6.500 mortos).

Em setembro de 2023, uma invasão-relâmpago das tropas do Azerbaijão reconquistou totalmente aquele território e levou à dissolução da autoproclamada República de Nagorno-Karabakh, não reconhecida por nenhum país, ocorrida como condição imposta por Baku para pôr fim à operação militar lançada no dia 19 desse mês contra o enclave arménio, que terminou no dia seguinte com a capitulação dos seus habitantes.

As negociações para um tratado de paz centram-se na delimitação da fronteira entre os dois países, com a cedência de territórios até então controlados pela Arménia ao vizinho Azerbaijão, para normalizar as relações bilaterais.

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