De acordo com um documento a que a Lusa teve acesso, a presidência, rotativa, são-tomense já enviou os convites aos Presidentes dos Estados-membros da organização para participarem nesta reunião, a 23 de setembro, à margem da semana do debate de alto nível nas Nações Unidas, que decorre na semana entre 23 e 28 de setembro, tendo outras fontes diplomáticas adiantado que a questão da assunção da liderança da organização em 2025 pela Guiné-Bissau será um dos pontos em agenda.
Mas, segundo o embaixador de São Tomé e Príncipe junto da CPLP, país que tem a presidência rotativa da organização até 2025, a data proposta de 23 de setembro poderá não se verificar, porque o dia da cimeira informal "terá de ser ajustado de acordo com as agendas dos chefes de Estado".
Questionado sobre assuntos na agenda desta reunião, Esterline Género disse desconhecer até agora quais são, mas assegurou que não terão a ver com a futura presidência da organização.
À margem da Assembleia Geral da ONU, habitualmente, realiza-se uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP, mas, este ano, a Presidência são-tomense entendeu que seria importante existir uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos nove países, adiantaram outras fontes diplomáticas.
O objetivo, segundo as mesmas fontes, é haver uma decisão definitiva sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assumirá a presidência da organização.
Na última reunião de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu em São Tomé e Príncipe, em agosto de 2023, quando este país assumiu a presidência, ficou decidido que seria a Guiné-Bissau o próximo Estado-membro a assumir a liderança, em 2025.
Mas, dada a situação política neste país, os Estados-membros deverão pronunciar-se agora sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assume a futura presidência da comunidade por dois anos.
Já este ano, o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP confirmou o local, Guiné-Bissau, e a data de 17 de julho de 2025, para a realização da próxima cimeira.
No entanto, segundo fontes diplomáticas, a decisão final é da competência dos chefes de Estados e de Governo. Daí a marcação desta reunião informal em Nova Iorque.
Os Estados-membros da CPLP são Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Leia Também: Cravinho lidera missão de observação da CPLP às eleições de Moçambnique
