Jornalistas são atacados pelas forças israelitas na Cisjordânia

Os jornalistas na Cisjordânia ocupada são "atacados e assediados" pelas forças israelitas, alertaram hoje duas especialistas da ONU, denunciando recentes disparos com munições reais contra repórteres e as suas viaturas, que causaram pelo menos quatro feridos.

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Lusa
12/09/2024 23:35 ‧ 12/09/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Denunciamos veementemente os ataques e o assédio a jornalistas na Cisjordânia ilegalmente ocupada, que não são mais do que tentativas grosseiras do Exército israelita de impedir reportagens independentes sobre possíveis crimes de guerra", frisaram, num comunicado, duas especialistas, que são mandatados pelo Conselho dos Direitos Humanos, mas não falam em nome da ONU.

 

Irene Khan, relatora especial para a Liberdade de Opinião e Expressão e Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinianos, denunciaram pelo menos três incidentes em setembro.

Os casos ocorreram em Jenin e Tulkarem, "onde as forças de segurança israelitas dispararam munições reais contra jornalistas ou os seus veículos enquanto cobriam operações militares e vítimas civis".

Pelo menos quatro jornalistas ficaram feridos, apesar de vários destes utilizarem coletes de imprensa claramente marcados, referem no comunicado.

No final de agosto, Israel lançou uma vasta operação militar contra Toubas, as cidades vizinhas de Jenin e Tulkarem e os seus campos de refugiados, onde os grupos armados que lutam contra a ocupação israelita são particularmente ativos.

Desde o início da guerra, em 07 de outubro, entre o Exército israelita e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, a Cisjordânia tem vivido um aumento substancial da violência entre soldados e colonos israelitas e a população palestiniana.

Pelo menos 665 palestinianos foram mortos, segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano, e 24 israelitas, incluindo soldados, morreram, segundo dados oficiais de Telavive.

O conflito na Faixa de Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, onde deixou cerca de 1.200 mortos e levou mais de duas centenas de reféns.

Desde então, Israel encetou uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já matou mais de 41 mil pessoas, na maioria civis de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, além de ter provocado um desastre humanitário e desestabilizado todo o Médio Oriente.

Leia Também: Operações israelitas deixaram economia palestiniana "em ruínas", diz ONU

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