A medida afeta sete jornalistas da CNN, Deutsche Welle, RAI e de meios de comunicação ucranianos.
As autoridades russas já tinham aberto processos criminais contra todos estes trabalhadores da comunicação social.
Moscovo tinha também alertado que estava a acompanhar todas as passagens ilegais da fronteira do seu país por jornalistas estrangeiros e não deixaria estas ações sem resposta.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo lembrou, por sua vez, que os representantes dos meios de comunicação social estrangeiros devem ter acreditação da diplomacia russa para poderem trabalhar no país.
"Cada caso [de passagem ilegal de fronteira] será analisado. Tomámos nota de cada um deles", alertou a porta-voz dos Negócios Estrangeiros, María Zajárova.
A Rússia, que bloqueou em junho o acesso aos 'sites' de 81 meios de comunicação europeus, incluindo a RTP, Público, Expresso e Observador, convocou o embaixador italiano e o encarregado de negócios dos EUA no mês passado, em protesto contra o comportamento dos seus jornalistas.
Já hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, revelou que convocou o embaixador russo depois de Moscovo ter emitido o mandado de busca e detenção que abrange uma repórter da estação pública italiana RAI, Stefania Battistini.
"Convoquei o embaixador da Federação Russa em Itália (...) para expressar a nossa surpresa pela decisão singular de Moscovo de incluir a jornalista Tajani na lista de pessoas procuradas publicada pelo Ministério do Interior russo", realçou.
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