Os candidatos presidenciais e partidos políticos concorrentes às eleições gerais de 09 de outubro em Moçambique têm prometido, durante a campanha eleitoral em curso, renegociar os contratos de exploração de recursos naturais para que o país obtenha mais ganhos neste domínio e promova a industrialização, através da retenção e transformação das matérias-primas.
"Para se poder renegociar em pé de força, é preciso que o país tenha capacidade humana, tecnológica e financeira", afirmou Joaquim Chissano, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.
O país não pode exigir maiores vantagens da extração dos recursos naturais para depois depender de recursos financeiros e tecnológicos do grande capital externo, prosseguiu o antigo chefe de Estado moçambicano (1986-2005).
Joaquim Chissano enfatizou que o país precisa de conhecimento interno para a capitalização dos recursos naturais necessários à industrialização.
"Só com a exploração e transformação interna dos recursos marítimos, agrícolas, florestais e minerais é que o país pode conquistar rapidamente a sua independência económica", avançou Chissano.
O tema de renegociação dos megaprojetos, continuou, deve ser debatido pela sociedade civil, setor privado e Governo.
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