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Ataque do Boko Haram faz pelo menos 13 mortos a oeste do Chade

Pelo menos 13 pessoas foram hoje mortas no oeste do Chade num ataque atribuído ao grupo armado extremista islâmico nigeriano Boko Haram contra um acampamento de pastores de gado.

Ataque do Boko Haram faz pelo menos 13 mortos a oeste do Chade
Notícias ao Minuto

11:33 - 16/09/24 por Lusa

Mundo Ataque

 

O ataque ocorreu na cidade de Bol, capital da região do Lago Chade, que faz fronteira com os países vizinhos Camarões, Níger e Nigéria.

A polícia chadiana chegou tarde ao local e não conseguiu perseguir os atacantes.

"A operação decorreu muito rapidamente, e as nossas forças enviadas para a zona não conseguiram encontrar os atacantes", afirmou o comissário da polícia local, Mahamat Zen, em declarações à agência EFE por telefone.

"Encontrámos 13 cadáveres e cinco feridos, que foram levados para tratamento hospitalar. Vamos reforçar a segurança e patrulhar a zona. São terroristas do Boko Haram", sublinhou Zen.

Moussa Haroun, um comerciante local de Bol, também confirmou o ataque à EFE.

"Os atacantes chegaram muito cedo a bordo das canoas e abriram fogo contra o acampamento dos pastores na margem do rio. Foram mortas 13 pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças. Levaram dinheiro e comida. Vivemos aqui com medo", disse Haroun.

O Lago Chade, na fronteira do Chade com o Níger, Camarões e Nigéria, é uma vasta extensão de água pontilhada por centenas de ilhotas, algumas das quais servem de esconderijo a grupos armados como o Boko Haram e a sua ramificação, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP).

Ambos procuram impor um Estado de tipo islâmico na Nigéria, que é predominantemente muçulmana no norte e cristã no sul.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35.000 pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, o Chade e o Níger, segundo dados do Governo nigeriano e das Nações Unidas.

Em junho de 2024, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) contabilizou mais de 220 mil pessoas deslocadas na região do Lago Chade devido aos ataques dos grupos armados.

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