O ataque ocorreu na cidade de Bol, capital da região do Lago Chade, que faz fronteira com os países vizinhos Camarões, Níger e Nigéria.
A polícia chadiana chegou tarde ao local e não conseguiu perseguir os atacantes.
"A operação decorreu muito rapidamente, e as nossas forças enviadas para a zona não conseguiram encontrar os atacantes", afirmou o comissário da polícia local, Mahamat Zen, em declarações à agência EFE por telefone.
"Encontrámos 13 cadáveres e cinco feridos, que foram levados para tratamento hospitalar. Vamos reforçar a segurança e patrulhar a zona. São terroristas do Boko Haram", sublinhou Zen.
Moussa Haroun, um comerciante local de Bol, também confirmou o ataque à EFE.
"Os atacantes chegaram muito cedo a bordo das canoas e abriram fogo contra o acampamento dos pastores na margem do rio. Foram mortas 13 pessoas, incluindo quatro mulheres e três crianças. Levaram dinheiro e comida. Vivemos aqui com medo", disse Haroun.
O Lago Chade, na fronteira do Chade com o Níger, Camarões e Nigéria, é uma vasta extensão de água pontilhada por centenas de ilhotas, algumas das quais servem de esconderijo a grupos armados como o Boko Haram e a sua ramificação, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP).
Ambos procuram impor um Estado de tipo islâmico na Nigéria, que é predominantemente muçulmana no norte e cristã no sul.
O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35.000 pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como os Camarões, o Chade e o Níger, segundo dados do Governo nigeriano e das Nações Unidas.
Em junho de 2024, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) contabilizou mais de 220 mil pessoas deslocadas na região do Lago Chade devido aos ataques dos grupos armados.
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