O ministério disse num comunicado que investiu cerca de 50 milhões de shekels (13 milhões de euros, ao câmbio atual) em espingardas "Arad" de fabrico israelita.
As armas serão distribuídas a 97 "equipas de resposta rápida" em várias comunidades do norte do país, segundo o comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Também está em curso uma segunda fase de rearmamento para equipar as comunidades nos montes Golã sírios ocupados.
Cerca de 120 equipas civis no norte estarão totalmente equipadas quando terminar a fase de rearmamento.
As "equipas de resposta rápida", como Israel lhes chama, são unidades civis que operam em coordenação com o exército em várias comunidades, incluindo alguns colonatos judeus ilegais na Cisjordânia ocupada.
Durante os atentados do Hamas de 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, vários membros das equipas civis, na altura mal equipadas, foram mortos na defesa das comunidades fronteiriças.
Desde então, as autoridades israelitas rearmaram estes grupos e alargaram a iniciativa ao norte, onde o constante fogo cruzado com a milícia xiita pró-iraniana Hezbollah, que opera no sul do Líbano, ameaça escalar para um conflito aberto.
Israel tem estado envolvido numa intensa troca de tiros com o grupo libanês desde 08 de outubro, quando o Hezbollah começou a lançar ataques em solidariedade com as milícias palestinianas na Faixa de Gaza.
Na manhã de domingo, o exército detetou o lançamento de cerca de 40 projéteis a partir do Líbano, dirigidos contra as zonas da Alta Galileia e dos Montes Golã, depois de ter identificado 55 projéteis no sábado.
Nenhum destes ataques causou vítimas.
Os atentados contra Israel desencadearem uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza que provocou mais de 41.200 mortos em 11 meses, segundo o Hamas, que governa o enclave palestiniano desde 2007.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, afirmou na terça-feira que as atenções de Israel estão a deslocar-se para o norte do país, dado que as missões em Gaza estão praticamente cumpridas.
O constante fogo cruzado com o Hezbollah obrigou cerca de 60.000 pessoas a sair do norte de Israel e a procurar abrigo temporário em hotéis ou casas de família em todo o país.
Nos 11 meses de troca de tiros, mais de 650 pessoas foram mortas de ambos os lados da fronteira, a maior parte do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 400 baixas, algumas também na Síria.
Em Israel, 50 pessoas foram mortas no norte do país: 24 militares e 26 civis, incluindo 12 menores, num ataque nos Montes Golã sírios ocupados.
As milícias libanesas do Hezbollah integram o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que também fazem parte, entre outras organizações, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes houthis do Iémen.
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