Segundo declarou hoje a porta-voz do executivo comunitário Arianna Podesta, Von der Leyen aceitou o pedido de demissão de Breton, a quem agradeceu pelo seu trabalho.
A porta-voz salientou, na habitual conferência de imprensa diária da Comissão, que não haverá qualquer comentário a alegações feitas na carta hoje divulgada, em que o liberal francês apresenta a demissão do cargo de comissário, retirando-se da lista de nomeações para o próximo colégio.
"A presidente está focada no futuro", disse Podesta.
Breton, que tinha a pasta do Mercado Interno na Comissão Von der Leyen, demitiu-se alegando, numa carta enviada à presidente e divulgada na sua conta na rede social X, ter sido rejeitado pela líder do executivo, que em plenas negociações para a composição da nova comissão, terá pedido ao Presidente francês, Emmanuel Macron, que proponha outro nome.
Perante a demissão de Breton, Paris avançou com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné.
Numa missiva hoje enviada a Ursula von der Leyen e divulgada na rede social X (antigo Twitter), Thierry Breton afirma que, apesar de ter voltado a ser a escolha de França para o colégio de comissários no novo mandato do executivo comunitário, "há alguns dias, na reta final das negociações", a responsável solicitou ao país que "retirasse o [seu] nome".
De acordo com Breton, Von der Leyen fê-lo "por razões pessoais que em nenhum caso discutiu diretamente" consigo, oferecendo "como contrapartida política uma pasta alegadamente mais influente para a França no futuro colégio".
A divulgação das propostas para o Colégio de Comissários está prevista para terça-feira, em Estrasburgo, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, tendo o Governo avançado com o nome de Maria Luís Albuquerque, antiga ministra das Finanças de Pedro Passos Coelho.
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