Irão nega ter dado aos Hutis mísseis que atingiram Israel

O presidente iraniano disse que o país "nem tem" esse tipo de mísseis.

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© Iranian Presidency/Handout/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
16/09/2024 15:56 ‧ 16/09/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Irão

O presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, negou que o país tenha enviado mísseis para os rebeldes Hutis do Iémen.

 

"Esse míssil que lançaram [contra Israel], nós nem o temos no Irão", disse, citado pela agência de notícias Al Jazeera, em conferência de imprensa, questionando: "Uma pessoa demora uma semana a viajar para o Iémen [a partir do Irão], como é que os mísseis podem chegar lá?"

"Não temos esse tipo [de mísseis]", garantiu, após os Hutis terem disparado um alegado míssil balístico hipersónico contra Israel, no domingo.

Pezeshkian admitiu, porém, que os grupos estão "coordenados". "Ajudamo-nos, e temos uma visão comum contra Israel, que está a cometer genocídio e a matar mulheres, crianças, idosos e jovens. O mundo está a assistir à medida que o genocídio se desenvolve, e ninguém está a travá-lo", disse.

O Irão já revelou, no entanto, o seu primeiro míssil hipersónico em junho de 2023, capaz de evitar "todas as defesas anti-míssil", disseram na altura as autoridades iranianas. 

A República Islâmica do Irão lidera o chamado "Eixo da Resistência", uma aliança anti-Israel que inclui o Hamas, o Hezbollah do Líbano e os Hutis do Iémen, entre outros.

Os xiitas islâmicos Hutis, aliados do Irão, reivindicaram domingo o lançamento de um novo "míssil balístico hipersónico", que atingiu com sucesso um alvo militar perto de Telavive, mas não o identificaram.

Em comunicado, o porta-voz militar dos Hutis, Yahya Sarea, disse que o míssil percorreu uma distância de 2.040 quilómetros em 11 minutos e 30 segundos, criando "um estado de medo e pânico entre os israelitas" que correram para os abrigos, embora não tenha especificado quaisquer danos causados.

O porta-voz Huti enquadrou esta ação na quinta fase da campanha militar dos rebeldes contra Israel na guerra em Gaza e representa "o culminar dos esforços para desenvolver tecnologia de mísseis para satisfazer as exigências da batalha e os seus desafios com o inimigo sionista".

Reiterou o sucesso da operação em "superar todos os obstáculos e sistemas de interceção norte-americanos e israelitas em terra e no mar" e o seu compromisso em continuar a apoiar o povo palestiniano com mais operações no futuro de caráter mais "qualitativa", quando se cumprirá em breve o primeiro aniversário do início da guerra na Faixa de Gaza.

Também domingo, e em resposta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou os rebeldes iemenitas e, ironizando, convidou-os a "visitar o porto de Hodeida", bombardeado pelo exército israelita em julho.

"Os Hutis devem saber que, nesta altura, retaliamos duramente contra aqueles que nos tentam prejudicar. Aqueles que precisam de ser lembrados estão convidados a visitar o porto de Hodeida", avisou, no início de uma reunião governamental.

O exército israelita confirmou que um míssil 'superfície-superfície' foi lançado de manhã cedo contra o território israelita e que provavelmente se desintegrou em pleno voo, não causando vítimas.

[Notícia atualizada às 16h38]

Leia Também: Netanyahu recorda aos Hutis bombardeamento israelita em Hodeida

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