"A entrada da Timor Gap, através das suas subsidiárias, no projeto do Bayu-Undan constitui uma boa oportunidade para a empresa pública, com responsabilidade de deter e gerir os ativos da propriedade de Estado de Timor-Leste no setor petrolífero, reforçar o seu conhecimento técnico em projetos de produção petrolífera e acelerar o desenvolvimento dos seus recursos humanos", salientou o Conselho de Ministros.
De acordo com um comunicado, a Timor Gap vai passar a deter um interesse participativo de 16% naquele campo petrolífero, que inclui também a australiana Santos (36,5%), a sul-coreana SK E&S (21%), a japonesa INPEX (9,6%), a italiana Eni (9,2%) e a japonesa Tokyo Timor Sea Resource (7,7%).
"A transação será realizada pelo valor simbólico de um dólar americano a pagar a cada uma das vendedoras envolvidas, uma prática comum em operações deste tipo, que visa facilitar a transferência dos interesses participativos e direitos, assegurando a continuidade das operações petrolíferas no campo de Bayu- Undan", esclareceu o Governo timorense.
A aquisição da participação, de acordo com o Ministério do Petróleo e Recursos Naturais, visa também proporcionar receitas adicionais ao país, incluindo em relação ao futuro projeto de Captura e Armazenamento de Carbono, após o fim da produção naquele campo.
O campo de Bayu-Undan começou a produzir em 2004 e contribuiu com 25 mil milhões de dólares (cerca de 22,3 mil milhões de euros) para os cofres do Estado ao longo de 20 anos. Apesar da produção ter diminuído, as autoridades timorenses consideram que o Contrato de Partilha de Produção irá continuar até 2026.
O campo continua a gerar líquidos de gás natural economicamente viáveis, com uma receita anual de pelo menos 70 milhões de dólares (cerca de 62 milhões de euros).
O Bayu-Undan está localizado nas águas offshore a sul de Timor-Leste, a cerca de 500 quilómetros da cidade australiana de Darwin.
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