Num comunicado, o alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros pediu aos líderes das Forças de Segurança do Sudão (RSF), Mohamed Hamdan Dagalo, e das Forças Armadas (SAF), Abdel Fattah al-Burhan, "que se reúnam à mesa de negociações para encontrar uma solução pacífica para o conflito.
"Apelamos novamente àqueles que alimentam a guerra, em particular aos patrocinadores regionais e internacionais, para que parem de apoiá-la neste contexto", acrescentou Borrell, que anunciou que a União Europeia (UE) "está disposta a considerar a possibilidade de impor sanções adicionais, inclusive contra aqueles que ocupam posições de liderança".
Neste sentido, Borrell alertou que "a UE não testemunhará outro genocídio e continuará a trabalhar com mecanismos internacionais de responsabilização para responsabilizar os responsáveis pelas graves violações dos direitos humanos que cometeram e continuam a cometer".
A UE recordou as obrigações contidas na resolução 2736 do Conselho de Segurança da ONU, que "exige que as RSF ponham fim ao cerco e reduzam imediatamente a intensidade dos combates em El Fasher".
A guerra no Sudão eclodiu em abril de 2023 devido ao desentendimento entre o Exército e os paramilitares quanto à inclusão dos segundos no poder que surgiu após o golpe de Estado de 2021.
Este golpe de Estado pôs fim à tentativa de democratização do país após o derrube do regime do ex-Presidente Omar al-Bashir, em 2019.
Segundo as Nações Unidas, o conflito causou cerca de 20 mil mortes, 33 mil feridos, 7,9 milhões de pessoas deslocadas internamente e 2,1 milhões de refugiados noutros países,
As tropas paramilitares sitiam a capital da região desde Maio, mas os combates intensificaram-se na semana passada.
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