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Polícia da Tanzânia impede manifestações da oposição em Dar es Salaam

A polícia da Tanzânia deteve Tundu Lissu, vice-presidente do partido da oposição, antes do início de uma manifestação em Dar es Salaam proibida pelas autoridades.  

Polícia da Tanzânia impede manifestações da oposição em Dar es Salaam
Notícias ao Minuto

08:41 - 23/09/24 por Lusa

Mundo Tanzânia

"A polícia prendeu o vice-presidente do Chadema (...) Tundu Lissu na casa de Tegeta (arredores de Dar es Salaam). Uma caravana de onze veículos levou-o sem especificar para que esquadra se dirigia", anunciou o partido Chadema, através das redes sociais. 

 

Anteriormente, a polícia bloqueou o acesso às residências dos dirigentes do Chadema que convocou para hoje manifestações em protesto pelo desaparecimento e assassinato do partido da oposição. 

Apesar de as manifestações terem sido proibidas, o partido Chadema apelou ao protesto pedindo à população para sair hoje às ruas de Dar es Salaam contra o assassínio de um dos dirigentes partidários.

Ali Mohamed Kibao foi raptado por homens armados e encontrado morto no passado dia 07 de setembro. 

O partido tem denunciado "crescente repressão" política, a poucos meses das eleições autárquicas previstas para novembro e acusou diretamente a Presidente Samia Suluhu Hassan de regressar às práticas autoritárias do antecessor John Magufuli.

A polícia proibiu a manifestação e a polícia de choque com canhões de água foi mobilizada para vários pontos da cidade de Dar es Salaam, nomeadamente para os bairros de Buguruni e Ubungo, mencionados pelo Chadema como pontos de encontro para o início das marchas de protesto.

"Desde ontem à noite (domingo) e até hoje de manhã, a polícia fechou todas as estradas que conduzem ao domicílio do presidente do Chadema, Freeman Mbowe. Todos os que se encontram nas estradas estão a ser mandados parar, revistados e interrogados", anunciou o partido da oposição através das redes sociais.

Em 12 de setembro, Freeman Mbowe criticou as autoridades e exigiu uma investigação sobre os desaparecimentos de vários dos membros do partido e que todos fossem "trazidos vivos ou mortos" até 21 de setembro.

Como resposta Freeman Mbowe alertou as autoridades que seriam marcadas marchas de protesto. 

No dia seguinte, a polícia anunciou que as manifestações não seriam autorizadas.

O Chadema manteve o apelo porque, afirmou, "nenhuma das exigências foi tida em conta ou respondida", afirmou Mbowe no domingo.

O comandante da polícia, Jumanne Muliro, salientou no fim de semana que "desde que as manifestações foram anunciadas, a polícia declarou publicamente que os protestos estão proibidos". 

Em agosto, numa manifestação do Chadema - igualmente proibida pela polícia - 520 dirigentes e apoiantes do partido, incluindo Freeman Mbowe e Tundu Lissu, foram detidos tendo sido libertados alguns dias depois.

Várias organizações não-governamentais e embaixadas, nomeadamente dos Estados Unidos, já manifestaram preocupação com o "atual clima político" que se verifica na Tanzânia.

Leia Também: Oposição da Tanzânia ameaça com protestos após desaparecimento de ativistas

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