Comissária rejeita críticas de Zuckerberg à UE sobre privacidade e IA

A comissária europeia para a Concorrência, a dinamarquesa Margrethe Vestager, rejeitou hoje as críticas manifestadas pelo diretor executivo da Meta, Mark Zuckerberg, sobre a regulamentação da União Europeia (UE) para a privacidade de dados e Inteligência Artificial (IA).

Notícia

© Thierry Monasse/Getty Images

Lusa
24/09/2024 22:55 ‧ 24/09/2024 por Lusa

Tech

Comissão Europeia

"Estaria bastante preocupada como americana, porque [na UE] temos legislação sobre privacidade há anos", sublinhou Vestager, numa conferência de imprensa em Washington.

 

Numa carta publicada na semana passada, Zuckerberg e executivos de outras empresas tecnológicas, como o Spotify, a Ericsson e a Criteo, sublinharam que "a realidade é que a Europa se tornou menos competitiva e menos inovadora do que outras regiões e corre agora o risco de ficar ainda mais para trás na era da IA devido a decisões regulamentares inconsistentes".

Este processo de tomada de decisão, para Zuckerberg, "tornou-se recentemente fragmentado e imprevisível".

Vestager defendeu como funciona o bloqueio comunitário: "Podem gostar ou não, mas definitivamente não é caótico.

A também vice-presidente da Comissão Europeia emitiu um alerta sobre a utilização de tecnologia proveniente de áreas menos regulamentadas.

"Alguém gostaria de utilizar tecnologia que não protegesse a sua privacidade? Eu não. A Europa é um lugar maravilhoso para fazer negócios. Portanto, se não quiser lançar o seu produto na Europa, presumo que outra pessoa tentará conquistar esse mercado", frisou.

A comissária dinamarquesa deixou ainda claro que a UE não está a tentar regular a tecnologia em si, porque essa regulamentação rapidamente se tornaria obsoleta.

"A inteligência artificial tem potencial para mudar muitas coisas. Já as mudou e vai mudar muito mais no futuro. Estamos preocupados com as suas utilizações", concluiu a comissária, que fez uma viagem de trabalho a Boston, Nova Iorque e Washington.

Leia Também: Bruxelas contesta na OMC investigação de Pequim a produtos lácteos da UE

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas