Nos termos do acordo, Netanyahu indicou que Saar será um novo ministro do Governo, sem uma pasta atribuída, mas com assento no Gabinete de Segurança, o órgão que supervisiona a gestão da guerra de Israel em curso, agora em duas frentes: na Faixa de Gaza, contra o movimento islamita palestiniano Hamas, e no Líbano, contra o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah.
"Agradeço o facto de Gideon Saar ter respondido ao meu pedido e ter aceitado hoje regressar ao Governo. Esta decisão contribui para a unidade entre nós e para a unidade contra os nossos inimigos", declarou Netanyahu, segundo um comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Saar esperava substituir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, outro adversário de Netanyahu, mas um acordo para tal fracassou há várias semanas, depois de se intensificarem os combates com o Hezbollah.
O Hezbollah começou a disparar 'rockets', mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra israelita naquele enclave palestiniano.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" apoiado pelo Irão contra Israel.
Israel respondeu com vagas de ataques aéreos, e o conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.
As autoridades israelitas afirmam estar determinadas a fazer regressar cerca de 60.000 dos seus cidadãos às comunidades do norte do país que foram evacuadas há quase um ano.
Por seu lado, o Hezbollah afirmou que só suspenderá o lançamento de 'rockets' se houver um cessar-fogo em Gaza, que se tem revelado difícil, apesar de meses de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, o Qatar e o Egito.
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