Netanyahu diz que ex-adversário Gideon Saar entrou para o governo
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, nomeou hoje o líder da oposição e presidente do Partido Nova Esperança, Gideon Saar, como membro do seu executivo, uma medida que amplia a coligação governamental e o ajuda a manter-se no cargo.
© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images
Mundo Médio Oriente
Nos termos do acordo, Netanyahu indicou que Saar será um novo ministro do Governo, sem uma pasta atribuída, mas com assento no Gabinete de Segurança, o órgão que supervisiona a gestão da guerra de Israel em curso, agora em duas frentes: na Faixa de Gaza, contra o movimento islamita palestiniano Hamas, e no Líbano, contra o movimento xiita pró-iraniano Hezbollah.
"Agradeço o facto de Gideon Saar ter respondido ao meu pedido e ter aceitado hoje regressar ao Governo. Esta decisão contribui para a unidade entre nós e para a unidade contra os nossos inimigos", declarou Netanyahu, segundo um comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Saar esperava substituir o ministro da Defesa, Yoav Gallant, outro adversário de Netanyahu, mas um acordo para tal fracassou há várias semanas, depois de se intensificarem os combates com o Hezbollah.
O Hezbollah começou a disparar 'rockets', mísseis e 'drones' (aeronaves não-tripuladas) sobre o norte de Israel um dia depois de o ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas em território israelita ter desencadeado uma guerra israelita naquele enclave palestiniano.
O Hamas e o Hezbollah são aliados que se consideram parte de um "Eixo de Resistência" apoiado pelo Irão contra Israel.
Israel respondeu com vagas de ataques aéreos, e o conflito tem vindo a intensificar-se até à beira de uma guerra total, fazendo temer um alastramento a toda a região do Médio Oriente.
As autoridades israelitas afirmam estar determinadas a fazer regressar cerca de 60.000 dos seus cidadãos às comunidades do norte do país que foram evacuadas há quase um ano.
Por seu lado, o Hezbollah afirmou que só suspenderá o lançamento de 'rockets' se houver um cessar-fogo em Gaza, que se tem revelado difícil, apesar de meses de negociações indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, o Qatar e o Egito.
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