Le Pen começa a ser julgada por suspeita de desvio de fundos europeus
Marine Le Pen foi acusada em junho de 2017 de abuso de confiança e cumplicidade, acusações posteriormente reclassificadas como "desvio de fundos públicos".
© LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images
Mundo França
Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita francês Rassemblement National (União Nacional, em português), começa, esta segunda-feira, a ser julgada, juntamente com 26 membros do partido, por suspeita de desvio de fundos europeus.
Em causa está uma investigação, que dura há já quase uma década, na qual os magistrados suspeitam que, entre 2004 e 2016, os representantes do RN colocaram em prática "de maneira concertada e deliberada" um "sistema de desvio" dos envelopes (21 mil euros por mês) atribuídos pela União Europeia (UE) a cada eurodeputado para pagar a assistentes parlamentares que trabalhavam total ou parcialmente para o partido.
Entre os arguidos estão também 11 deputados europeus eleitos nas listas da FN, 12 dos seus assistentes parlamentares e quatro funcionários do partido.
A investigação teve início em março de 2015, quando o Parlamento Europeu anunciou que tinha remetido para o gabinete antifraude da UE possíveis irregularidades cometidas pela FN relativamente aos salários pagos aos assistentes parlamentares.
Em 2016, as investigações foram entregues a dois juízes de instrução financeira de Paris. Marine Le Pen foi acusada em junho de 2017 de abuso de confiança e cumplicidade, acusações posteriormente reclassificadas como "desvio de fundos públicos".
Em 2018, o Parlamento Europeu estimou as suas perdas em 6,8 milhões de euros nos anos de 2009 a 2017.
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