"É uma das minhas prioridades adaptar a Aliança [Atlântica] a um mundo cada vez mais complexo", disse Mark Rutte na primeira conferência de imprensa enquanto secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), no quartel-general da Aliança, em Bruxelas.
Para isso, e repetindo o que disse no arranque da reunião do Conselho do Atlântico Norte que presidiu pela primeira vez, a NATO tem de "assegurar que há capacidades".
"Só assim podemos proteger-nos contra qualquer ameaça", argumentou.
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o republicano Donald Trump regressar à Casa Branca depois das eleições presidenciais de 05 de novembro nos Estados Unidos da América, Rutte agradeceu a pressão que Donald Trump exerceu durante o seu mandato (2017-2021): "Graças a ele [Trump], aumentámos a despesa em defesa."
Mark Rutte disse que já conversou com os candidatos democrata e republicano e disse que tanto Kamala Harris como Donald Trump estão alinhados na necessidade de reforçar a NATO.
"Vai ser uma tarefa árdua assegurar que continuamos todos unidos, mas vamos continuar porque é necessário", completou.
"Eles [Harris e Trump] entendem que [a NATO] é crucial não só para a Europa, é crucial para a sua própria defesa e segurança. Se a Rússia tiver sucesso e aumentar a sua influencia nesta parte do mundo, isso vai ser uma ameaça à própria segurança dos Estados Unidos", sustentou.
Mark Rutte voltou a falar sobre a "luta contra o terrorismo" como uma prioridade e recorreu ao apoio que está a ser prestado ao Iraque, para reforçar a capacidade militar dos para dissuadir movimentos radicais, como um exemplo desse objetivo.
[Notícia atualizada às 11h42]
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