"Os ataques com [cerca de 200] mísseis iranianos contra Israel devem ser condenados veementemente. A ameaça de uma nova escalada da já tensa situação no Médio Oriente é uma realidade. O Irão corre assim o risco de incendiar toda a região, o que deve ser evitado. O Hezbollah e o Irão devem cessar imediatamente os seus ataques contra Israel", disse o governante alemão, em comunicado.
Olaf Scholz acrescentou que somente graças às forças de defesa aérea israelitas e aos aliados foi possível repelir em grande parte o ataque do Irão.
O chanceler garantiu que a Alemanha, juntamente com os seus parceiros, manterá esforços para mediar um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.
Este cessar-fogo deve ser o primeiro passo para a plena implementação da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU que estipula claramente que o Hezbollah deve retirar-se da zona fronteiriça com Israel.
Segundo Scholz, isto abriria caminho ao regresso da população ao norte de Israel e, ao mesmo tempo, abriria uma perspetiva de consolidação do Estado do Líbano.
O chanceler expressou solidariedade com os reféns ainda nas mãos da organização terrorista e suas famílias.
"Isto devia servir de incentivo para que todos chegassem a um acordo com base nas propostas do presidente dos EUA (Joe) Biden", concluiu.
O Hezbollah confirmou no sábado a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, horas depois de o exército israelita ter anunciado que o líder xiita pró-iraniano tinha morrido no bombardeamento da sede da organização na sexta-feira, nos subúrbios sul de Beirute.
Israel já tinha matado este mês o chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.
O Estado judaico e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.
Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.
O Hezbollah integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes huthis do Iémen.
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