As autoridades da Ucrânia lançaram, na terça-feira, uma investigação sobre o que dizem ser "um crime hediondo cometido pela Rússia contra prisioneiros de guerra ucranianos", cometido em Pokvrosk, na região de Donetsk. De acordo com o procurador-geral do país, Andriy Kostin, as "forças de ocupação terão morto a tiro 16 ucranianos que se renderam".
"Acabámos de receber informações sobre um novo crime hediondo cometido pela Rússia contra prisioneiros de guerra ucranianos. No sector de Pokrovsk, as forças de ocupação terão morto a tiro dezasseis ucranianos que se renderam. Foi iniciada uma investigação sobre esta flagrante violação das leis e costumes de guerra", revelou Kostin na rede social X.
Segundo o responsável, "este é o maior caso registado de execução de prisioneiros de guerra ucranianos na linha da frente e mais uma indicação de que a morte e a tortura de prisioneiros de guerra não são incidentes isolados". "Trata-se de uma política deliberada dos dirigentes militares e políticos russos", acusou.
Just received information about a new heinous crime committed by Russia against Ukrainian prisoners of war. In the Pokrovsk sector, the occupying forces allegedly shot dead sixteen surrendering Ukrainians. An investigation has been initiated into this flagrant violation of the… pic.twitter.com/Qc324KbLjH
— Andriy Kostin (@AndriyKostinUa) October 1, 2024
Kostin garantiu que a justiça ucraniana vai "identificar e responsabilizar os autores destes crimes", incluindo os "soldados que praticam estes atos" e os que "emitem as ordens criminosas e dão forma à doutrina russa de violência e intimidação".
Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, com o objetivo, segundo o presidente russo, Vladimir Putin, de "desnazificar" o país.
Desde então, a ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Zelensky elogia "nova indústria de defesa" no país em tempo de guerra