"A questão mais importante hoje é o cessar-fogo, particularmente no Líbano e em Gaza", disse Araghchi aos jornalistas ao chegar hoje a Damasco, depois de uma visita à capital libanesa, Beirute, na sexta-feira.
Esta é a primeira visita de um alto funcionário iraniano à região desde a morte, em 27 de setembro, do líder do Hezbollah pró-iraniano, Hassan Nasrallah, num ataque israelita perto de Beirute.
"Há iniciativas, há consultas, que esperamos que sejam bem-sucedidas", disse, sem entrar em pormenores.
"Infelizmente, as hostilidades e os crimes do regime sionista (Israel) continuam. Este regime não conhece outra linguagem que não seja a da força, da guerra", acrescentou Araghchi, instando 'a comunidade internacional a pôr termo a estes crimes'.
Em setembro, Paris e Washington, juntamente com os países árabes, ocidentais e europeus, apelaram para um cessar-fogo imediato de 21 dias entre Israel e o Hezbollah no Líbano para "dar uma oportunidade à diplomacia".
Esta iniciativa foi ignorada por Israel, que, em vez disso, intensificou os seus ataques e matou Hassan Nasrallah.
A escalada no Líbano ocorre após um ano de tiroteios transfronteiriços que deslocaram dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
De acordo com as autoridades libanesas, mais de 2.000 pessoas foram mortas no Líbano desde outubro de 2023, incluindo mais de mil desde 23 de setembro.
O Governo libanês estima que cerca de 1,2 milhões de pessoas tenham sido deslocadas.
Mais de 300.000 pessoas, na maioria refugiados sírios, deixaram o Líbano em direção à Síria desde 23 de setembro, segundo dados oficiais.
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