"Israel pagará, mais cedo ou mais tarde, o preço do genocídio que está a cometer há um ano e que continua a cometer", escreveu Erdogan numa mensagem publicada nas redes sociais.
O Hamas e outras fações extremistas palestinianas atacaram o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, numa ação sem precedentes que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns que foram levados para Gaza, segundo Israel.
Israel respondeu ao ataque com uma ofensiva na Faixa de Gaza que, desde então, provocou cerca de 42.000 mortos, segundo o governo do enclave controlado pelo Hamas desde 2007.
Também mais de 740 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, sob ocupação israelita.
"Desde há exatamente 365 dias, 50.000 dos nossos irmãos e irmãs, na sua maioria crianças e mulheres, foram brutalmente assassinados", disse Erdogan, citado pela agência francesa AFP.
"Tal como Hitler foi travado pela aliança da humanidade, [o primeiro-ministro israelita Benjamin] Netanyahu e a sua rede assassina serão travados da mesma forma", continuou.
Erdogan, que considera o Hamas um "grupo de resistência", tem sido uma das vozes mais críticas de Israel no último ano.
Ao contrário da Turquia, Israel, os Estados Unidos e a União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.
Para o Presidente turco, "toda a humanidade foi assassinada em direto, perante os olhos do mundo, durante um ano".
Milhares de pessoas manifestaram-se no domingo em Istambul em apoio à Palestina e em protesto contra a retaliação israelita em Gaza, que as autoridades turcas qualificaram de genocídio e de crime contra a humanidade.
Os protestos foram convocados por plataformas de solidariedade com os palestinianos, incluindo grupos próximos do partido no poder AKP, de Erdogan, e organizações islamistas.
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