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Jenrick e Badenoch vão disputar liderança do Partido Conservador britânico

O antigo secretário de Estado da Imigração Robert Jenrick vai enfrentar a antiga ministra da Economia Kemi Badenoch na eleição para a liderança do Partido Conservador britânico, cujo vencedor será anunciado em 02 de novembro, foi hoje divulgado.

Jenrick e Badenoch vão disputar liderança do Partido Conservador britânico
Notícias ao Minuto

09/10/24 16:21 ‧ Há 2 Horas por Lusa

Mundo Reino Unido

Uma votação hoje realizada pelo grupo parlamentar selecionou os dois finalistas ao eliminar de forma inesperada o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros James Cleverly, considerado o favorito.

 

Segundo o presidente do chamado Comité 1922 (que coordena a eleição interna), Bob Blackman, 42 deputados votaram em Kemi Badenoch, 41 em Robert Jenrick e 37 em James Cleverly.

A corrida para a sucessão de Rishi Sunak na sequência da derrota histórica dos conservadores nas eleições de julho começou com uma lista inicial de seis candidatos.

A decisão final será tomada pelos membros do partido (agora na oposição) em todo o país, que vão votar nas próximas semanas.

Em julho, Sunak conduziu o Partido Conservador, no poder desde 2010, ao seu pior resultado eleitoral desde 1832.

Os conservadores perderam mais de 200 lugares na Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento britânico), caindo para 121 deputados.

As eleições foram vencidas pelo Partido Trabalhista, liderado pelo atual primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.

O vencedor da eleição conservadora terá como desafio restaurar a reputação e popularidade dos 'tories', na oposição pela primeira vez desde 2010.  

Depois de anos de desavenças e escândalos internos, o Partido Conservador foi castigado pelos eleitores britânicos nas eleições legislativas de julho, dando uma maioria absoluta de mais de 400 assentos (num total de 650) na Câmara dos Comuns ao Partido Trabalhista.

O Governo no Reino Unido é eleito para um mandato de cinco anos, pelo que as próximas eleições só estão previstas para 2029.

Robert Jenrick, um antigo centrista que se deslocou para a direita com um discurso duro sobre a imigração, assumiu como desafio recuperar os votos de conservadores que apoiaram o Partido Reformista (Reform UK), o partido de direita radical e anti-imigração liderado pelo político populista Nigel Farage.

Embora o Reform UK tenha conquistado apenas cinco lugares nas eleições, ficou em segundo lugar em muitas circunscrições eleitorais e a rápida ascensão assustou alguns dirigentes conservadores, levando-os a deslocarem-se para a direita política.

Jenrick defende que o Reino Unido precisa de um "Novo Partido Conservador", comprometendo-se a retirar o país da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, a acabar com a migração em massa e a abolir as metas para reduzir as emissões de carbono.

"Defender a nossa nação e a nossa cultura, a nossa identidade e o nosso modo de vida", defendeu o candidato à liderança dos conservadores britânicos.

Conhecido pelos apoiantes como "Bobby J", Robert Jenrick, de 42 anos, também se tem destacado pelo apoio a Israel no conflito no Médio Oriente.

Jenrick, que não é judeu mas é casado com Michal Berkner, filha de sobreviventes do Holocausto, foi fotografado com uma camisola onde se lia "Hamas são terroristas".

Recentemente, revelou que o nome do meio da uma das suas três filhas é Thatcher, o nome da antiga primeira-ministra conservadora.

Kemi Badenoch, nascida na Nigéria, é vista como uma neoliberal que defende uma economia de mercado livre com impostos baixos, algo que assume que o governo conservador de que fez parte não cumpriu.

"No governo, nem sempre cumprimos as nossas promessas. Prometemos baixar os impostos e eles subiram. Prometemos reduzir a imigração e ela aumentou", assumiu, durante o congresso do partido, na semana passada. 

No entanto, a determinação em apontar os problemas do país levou a ser criticada por dizer durante uma entrevista que o subsídio de maternidade no Reino Unido era "excessivo".

A longa disputa pela liderança enfraqueceu a capacidade do Partido Conservador em capitalizar os erros do novo governo, que desceu na popularidade na sequência do discurso pessimista sobre a economia e das revelações sobre as prendas recebidas pelo primeiro-ministro, Keir Starmer.

Numa sondagem divulgada na semana passada, 64% dos inquiridos disseram que não se importavam com quem se tornasse líder dos 'tories' (conservadores), enquanto 31% disseram que se importavam muito ou bastante. 

"A população é largamente indiferente à corrida à liderança e os candidatos são relativamente desconhecidos", afirmou o diretor de sondagens políticas da Ipsos, Keiran Pedley.

Os cerca de 1.100 inquiridos também disseram que, a escolher, preferiam James Cleverly, que hoje foi eliminado, do que Kemi Badenoch ou Robert Jenrick. 

[Notícia atualizada às 16h40]

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