"Se a Europa não estiver unida hoje, não estará em paz. Os processos de adesão devem, portanto, ser concluídos", defendeu Zelensky, apelando a Bruxelas para que dê as boas-vindas a "todas as nações democráticas da Europa".
O Presidente ucraniano viajou hoje até à Croácia para uma cimeira que reúne os chefes de Estado, de Governo ou da diplomacia de 13 países (Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Kosovo, Moldávia, Montenegro, Macedónia do Norte, Roménia, Sérvia, Eslovénia e Turquia).
Zelensky encontrou-se pela primeira vez frente a frente com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, com quem assinou um acordo sobre defesa, desminagem, cuidados a soldados feridos, cibersegurança, partilha de informações ou ainda a reconstrução.
"Juntos, desenvolveremos a cooperação entre as nossas indústrias de defesa", explicou o Presidente ucraniano numa mensagem na rede social X.
"Os ucranianos continuam a defender as suas casas com a maior coragem", respondeu Plenkovic, na abertura da cimeira, acrescentando que "apoiar a Ucrânia não é apenas uma questão de solidariedade, mas um interesse essencial para a segurança de todos".
No final da cimeira, deverá ser anunciada uma nova cooperação militar e ser assinada uma "declaração de Dubrovnik", condenando a invasão russa, apoiando a integridade territorial da Ucrânia, a entrada de Kiev na UE e assegurando o apoio ao país para a reconstrução uma vez terminada a guerra.
A viagem de Zelensky - a sua primeira à Croácia - ocorre num momento difícil para a Ucrânia, mais de dois anos e meio depois da invasão russa.
O Presidente ucraniano - que utiliza cada viagem como uma plataforma para pedir mais ajuda contra a Rússia - lamentou recentemente que o Ocidente esteja a adiar as entregas de mísseis de longo alcance para o seu país.
Depois de Dubrovnik, Zelensky é esperado em Roma na sexta-feira, onde será recebido pelo Papa no Palácio Apostólico.
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