A lagoa de Santa Olalla, a maior do espaço natural de Doñana secou pelo terceiro ano consecutivo, o que leva os cientistas a darem as lagoas permanentes da região como perdidas.
“A combinação de uma seca intensa e prolongada e a sobre-exploração do aquífero estão a ter um grande efeito no sistema lagunar da área protegida”, explica o diretor da Estação Biológica de Doñana, Eloy Revilla.
Os responsáveis da Estação Biológica de Doñana, controlada pelo Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), alertam, especificamente, para a “situação crítica” da lagoa de Santa Olalla. Até há três anos era praticamente a única das mais de 3.000 que a região alberga com água e o verão de 2022 rompeu com esta tendência, que se repetiu em 2023.
“O facto de a lagoa ter secado durante três anos consecutivos significa que as lagoas permanentes de Doñana desapareceram, o que significa que o seu funcionamento e valor ambiental já não é o que era”, lamenta Revilla.
Os cientistas da Estação Biológica reconhecem que a situação está a ser agravada pela seca intensa que tem assolado a reserva natural na última década, com precipitações abaixo da média. No entanto, o CSIC aponta também para a ação humana direta, que está a interferir no seu ciclo natural.
Doñana é um parque nacional espanhol composto por zonas húmidas. Alberga vários ecossistemas, tais como pântanos, lagoas, pinhais, dunas em movimento, falésias e praias, nas províncias andaluzas de Huelva, Sevilha e Cádis.
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