"No dia de hoje, no Fórum Penal, registamos 1.916 presos por motivos políticos na Venezuela. 240 são mulheres e 70 são adolescentes com idades compreendidas entre 14 e 17 anos", denunciou o diretor da ONG na sua conta da X, antigo Twitter.
Na mesma rede social, Gonzalo Himiob, explica que na última semana registaram-se 17 novas detenções e 2 libertações. Também que 1.757 presos são civis, 159 militares e que do total presos 148 foram condenados pelos tribunais e 1.768 estão à espera ou em processo de julgamento.
Segundo o FP 1.784 dos presos por motivos políticos foram detidos desde 29 de julho de 2024, após a divulgação dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho.
O Fórum Penal registou, desde 2014, 17.899 detenções políticas na Venezuela, "tendo assistido gratuitamente a mais de 14.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos seus direitos humanos".
"Além dos presos políticos, mais de 9.000 pessoas continuam sujeitas arbitrariamente a medidas restritivas da sua liberdade", explica na X.
Na última semana, adianta a FP, registaram-se 40 novas detenções e nenhum dos detidos por motivos foi libertado, enquanto mais de nove mil outras pessoas continuam "submetidas arbitrariamente" a restrições à liberdade.
A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos.
A oposição venezuelana contesta os dados oficiais e alega que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia -- atualmente exilado em Espanha -, obteve quase 70% dos votos.
Oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigem que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.
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