A ONG com sede em Londres, mas com uma importante rede de colaboradores no terreno, adiantou que a maioria dos mortos decorre dos bombardeamentos que Israel realizou nos últimos dias neste bairro, mas também houve ataques na fronteira com o Líbano e em pontos militares.
Na terça-feira a aviação israelita realizou um ataque contra um edifício de Mezzeh, supostamente frequentado por líderes do grupo xiita libanês Hezbollah e da Guarda Revolucionária iraniana, onde morreram 10 pessoas, entre elas quatro crianças e dois médicos.
Também morreram três pessoas, duas delas membros do Hezbollah, neste ataque que é o mais violento de todos os realizados por Israel nos últimos dias.
Israel também levou a cabo outros ataques a edifícios neste bairro, como o de 02 de outubro, onde morreram cinco pessoa e que segundo o OSDH se dirigiu a um local frequentado por líderes do Hezbollah e da Guarda Revolucionária.
Neste ataque, segundo o Observatório, terão morrido Hassan Jafar Qasir, genro de Hassan Nasrallah, líder morto da milícia xiita libanesa, e duas das suas irmãs.
No dia anterior a esse ataque, num outro contra Mezzeh morreu uma jornalista da televisão estatal síria chamada Safaa Ahmed e outros dois civis, para além de um sírio que trabalhava com milícias iranianas e outras duas pessoas não sírias.
Mezzeh é um bairro localizado na zona oeste de Damasco e um dos mais ricos da capital, onde se situam várias embaixadas e casas de famílias endinheiradas, assim como residências de membros da Guarda Revolucionária iraniana e de dirigentes de fações palestinianas presentes na Síria.
Por outro lado, a aviação israelita também lançou a 06 de outubro três mísseis contra um comboio humanitário carregado de alimentos e material médico da Cruz Vermelha iraquiana com destino ao Líbano na cidade síria de Homs, onde também aconteceram outros ataques israelitas.
Os outros ataques reportados pelo OSDH foram com drones, nos arredores de Damasco ou em estradas próximas dos Montes Golã sírios, entre outros locais.
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