"A ação resoluta das unidades do grupo de tropas do Sul permitiu libertar as localidades de Jelanné Drougué e Ostrivské", informou o Ministério da Defesa russo no seu relatório diário, embora a Rússia já tivesse reivindicado a captura da primeira localidade na semana passada.
As duas aldeias estão localizadas na zona de Pokrovsk, uma cidade chave para a logística ucraniana e alvo das forças russas que avançam há meses na região, enfrentando forças ucranianas sem armas e sem soldados.
Perante estas crescentes dificuldades militares, Kiev quer tentar manter o apoio ocidental, que dá sinais de fraqueza neste terceiro ano de conflito.
Após as etapas iniciais da digressão europeia, em Londres e Paris, onde negou qualquer discussão sobre um eventual cessar-fogo, Zelensky reuniu-se na quinta-feira à noite em Roma com a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni.
Hoje, o líder ucraniano reúne-se em Berlim com o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, cujo Governo pretende reduzir para metade, em 2025, o montante atribuído à ajuda militar bilateral destinada à Ucrânia, para grande descontentamento de Kiev.
A Rússia está também a aumentar os ataques ao sul da Ucrânia, incluindo danos em navios civis nos portos da região de Odessa, enquanto Kiev intensificou os seus ataques a alvos militares e energéticos russos.
Os ataques russos voltaram a matar quatro pessoas e feriram outras 10 na região costeira de Odessa, no sul da Ucrânia, anunciou o governador regional, dois dias depois de outro ataque militar.
As vítimas incluíam uma mulher de 43 anos, um homem de 22 e uma rapariga de 16.
Um vídeo do local afetado mostra as equipas de resgate a extrair corpos dos escombros, à luz de lanternas.
Os bombardeamentos russos em Kharkiv fizeram ainda um morto e sete feridos, nas últimas 24 horas, segundo a polícia ucraniana.
Na quarta-feira, nove pessoas foram mortas num ataque russo a um navio porta-contentores civil na região de Odessa.
Do lado russo, o grande terminal petrolífero de Feodosia, localizado na península ucraniana da Crimeia anexada por Moscovo, ainda estava sob fogo na manhã de hoje, cinco dias depois de um ataque reivindicado pela Ucrânia.
Leia Também: Rússia e Irão saúdam posições "próximas" na cena internacional